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PED 451 – Há mais de três décadas, leitura inovadora sobre a dinâmica do mercado de trabalho

Link PDF     Clemente Ganz Lúcio [1]             A taxa de desemprego na Região Metropolitana de São Paulo atingiu 16,6% em junho, de acordo com dados da PED (Pesquisa de Emprego e Desemprego, realizada pelo DIEESE e a Fundação Seade). E a desocupação não cresceu porque 48 mil pessoas deixaram de procurar emprego, o que compensou os mais de 17 mil postos de trabalho fechados. O número de desempregados estimado na região é de 1,9 milhão.             O desemprego aumentou na cidade de São Paulo (de 15,9% para 16,4%) e diminuiu na zona leste do município (de 20,6% para 18,4%) e na região do grande ABC (de 14,6% para 13,6%). Foram fechados postos de trabalho nos serviços (-48 mil) e na indústria de transformação (-31 mil), enquanto o comércio criou 63 mil novos empregos e a construção civil manteve estável o nível de ocupação.             O assalariamento com carteira assinada caiu -1,1%. Por outro lado, cresceram o emprego doméstico (7,3%) e o trabalho autônomo (0,3%). A PED evidencia uma

Sindicato raiz se desafia a representar a todos

Sindicato raiz se desafia a representar a todos Link PDF Clemente Ganz Lúcio [1] O sindicato é uma criação histórica dos trabalhadores para lutar por melhores salários e condições de trabalho e pela erradicação das desigualdades econômicas e sociais. Sindicato raiz é a organização dos trabalhadores que atua no jogo institucional contemporâneo e se lastreia nas lutas e nos compromissos históricos dos trabalhadores e trabalhadoras. As mudanças no mundo do trabalho vêm adicionando consideráveis desafios à tradicional e extensa pauta de defesa de direitos trabalhistas e o sindicato raiz é a organização que procura compreender as transformações em curso e prospectar, nesse novo contexto, as próximas lutas para promover proteção social e laboral. A contratação assalariada tem sido flexibilizada, com o uso intensivo do trabalho autônomo, a ampla terceirização e a expansão da “pejotização”. A jornada de trabalho tem apresentado limites inaceitáveis. Varia da contratação de uma ho

Pesquisa chega ao fim em SP, após 35 anos

Pesquisa de Emprego e Desemprego do DIEESE e  Seade descobriu o que estava oculto PED inovou nas estatísticas do trabalho Pesquisa chega ao fim em SP, após 35 anos   Link PDF Clemente Ganz Lúcio [1]             A crise do petróleo da década de 1970 atingiu em cheio a economia brasileira. No início dos anos 1980, o país sofria com o agravamento de vários problemas, entre eles, carestia e desemprego oculto pelo trabalho precário, situações que os “óculos” das estatísticas oficiais, com lentes inadequadas, não conseguiam revelar.             Entre 1981 e 1983, o DIEESE realizou a Pesquisa de Padrão de Vida e Emprego, ocasião em que toda essa realidade dramática do desemprego, informalidade e precarização do trabalho foi revelada. A PPVE mostrou que as características e dinâmicas das ocupações e do emprego eram muito mais complexas do que outros levantamentos conseguiam apontar. O desemprego era expressivamente maior e tomava formas que não eram captadas pelas pesquisa

Desalento: dos trabalhadores e dos empresários

Desalento: dos trabalhadores e dos empresários   Link PDF Clemente Ganz Lúcio [1] Passados 140 dias do novo governo, nenhuma palavra sobre a grave situação do desemprego e, muito menos, sobre iniciativas para enfrentar o problema. Considerando que membros da equipe governamental acreditam que a terra é plana, que não há mudança climática ou qualquer outro problema ambiental, que violência se enfrenta com armas e balas, talvez também o desemprego seja um contratempo cuja solução seja esperar junto ao pé de uma goiabeira.             A bem da verdade, na área econômica, havia uma bala de prata. Desde a eleição, a reforma da previdência vinha sendo colocada como a chave capaz de abrir a porta para a dinâmica econômica, ressuscitando a capacidade fiscal do Estado para conduzir o país rumo ao crescimento. Os dias passaram e a fé econômica está mudando, pois, a reforma ainda é alardeada como fundamental, mas já não é mais suficiente. Será necessário agora também desonerar o setor

Promessa de crescimento não se concretiza e mercado de trabalho piora

Promessa de crescimento não se concretiza e mercado de trabalho piora   Link PDF Clemente Ganz Lúcio [1] O ano de 2018 já passou da metade e a promessa do crescimento econômico e da melhora do mercado de trabalho foi confirmada como um grande engodo. As expectativas alvissareiras do governo não mudaram a realidade e a conta chegou, muito cara e pesada para os trabalhadores, as empresas e toda a sociedade.  O crescimento econômico, que beiraria os 4%, mirrou e agora as estimativas oficiais mais otimistas indicam que o PIB deve crescer apenas 1,6% em 2018. No mercado de trabalho, os 1 milhão de empregos formais que seriam gerados neste ano tornaram-se algo em torno de 200 mil. Nessa dinâmica, serão necessários 15 “breves” anos para repor as vagas fechadas pelo projeto da ponte para o futuro .  A população brasileira em idade de trabalhar é de 170 milhões de pessoas (Pnad Contínua, IBGE, junho 2018), das quais cerca de 104 milhões formam a força de trabalho. Desse último

Situação e perspectiva do emprego 2018 no Brasil e no mundo

Situação e perspectiva do emprego 2018 no Brasil e no mundo   Link PDF Clemente Ganz Lúcio [1]             Brasil             O Brasil tem, segundo o IBGE, uma população de 170 milhões de pessoas em idade ativa, das quais 104,5 milhões compõem a força de trabalho, sendo 91,7 milhões na situação de ocupados e 12,8 milhões desempregados (PNAD, IBGE, trimestre maio-julho 2018). O nível de ocupação está em 53,9% das pessoas em idade ativa, cerca de 3 pp. abaixo de nível de ocupação no período 2012 a 2014 (57%).             O Brasil segue com elevada taxa de desemprego que se reduz lentamente, coerente com uma economia que anda de lado. No trimestre fevereiro a abril a taxa de desemprego atingiu 12,9%, caindo no trimestre maio a julho para 12,3%, segundo a PNAD-IBGE. Em um ano observa-se uma leve redução de 0,5 p.p. (12,8% para 12,3%).  Lembremos que a taxa de desocupação que estava em 6,4% em dezembro de 2014 - menor patamar – dobrou em dois anos e atingiu 13,6% no primeir