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Mostrando postagens de dezembro, 2019

DIEESE: 64 anos ajudando a costurar a história do movimento sindical

DIEESE: 64 anos ajudando a costurar a história do movimento sindical Link PDF Clemente Ganz Lúcio [1] A história fazemos todos, juntos ou não, por meio do complexo processo de construção social tecido por incontáveis mãos, a maioria, de gente anônima, e costurada, em grande parte, por fios invisíveis. Há “interruptores” históricos que, acionados, podem liberar ou travar o fluxo de processos sociais. No ano de 1955, houve uma onda de frio muito severa. Entretanto, na política, o clima era quente, com muitas mudanças desde o suicídio de Vargas, ocorrido no ano anterior. Café Filho assumira a presidência e o país enfrentava problemas com a inflação e o déficit na balança comercial. Juscelino Kubitschek (JK) lançara-se candidato à presidência pelo PSD. A UDN e os militares articulavam chapa com Juarez Távora, ex-tenentista. O PTB, partido de Getúlio, constrói naquele ano uma aliança com o PSD e lança a chapa JK/Jango para concorrer às eleições presidenciais. Com apoio do ele

Talvez 2020 será menos ruim

Link PDF   Clemente Ganz Lúcio [1]               A gravíssima recessão de 2014/16 derrubou a economia brasileira e destruiu milhões de empregos. Cinco anos depois há no Brasil, segundo o IBGE, 12,4 milhões de desempregados, 4,2 milhões de desalentados, 12 milhões de trabalhadores assalariados sem carteira assinada, 24,5 milhões de trabalhadores por conta-própria, 24 milhões de subocupados, 65 milhões fora da força de trabalho. A precarização do mundo do trabalho ganhou hegemonia situacional e prospectiva. O que esperar para 2020?             Será um ano no qual a economia brasileira rastejante e semi-estagnada de 2019 se transformará em um baixo crescimento em 2020! Nessa dinâmica e dada as características do crescimento em curso, há um estoque monumental de passivos econômicos e sociais que ficam cada vez mais distantes de serem superados.             No mundo do trabalho haverá o aumento de empregos formais de baixa qualidade com salários ruins, emprego intermitente e com jornada par

MP 905: é preciso rejeitá-la por inteiro Medida rebaixa direitos do trabalhador

Link PDF           Clemente Ganz Lúcio [1]   Mais uma vez, o presidente da República se utilizou de Medida Provisória (MP) para introduzir uma série de alterações na legislação trabalhista e rebaixar direitos assegurados pelos trabalhadores ao longo da história.  A edição da Medida Provisória 905 - que trata de uma salada de questões e de diversos aspectos normativos, com destaque para a instituição do contrato de trabalho verde e amarelo – descaracteriza esse tipo de instrumento, que, por definição, tem força de lei e é destinado a produzir efeitos imediatos sobre assunto único e específico, de caráter urgente e relevante, sem jamais ferir preceitos constitucionais.  Se o governo considera importante tratar das questões contidas na MP, alterando conteúdos, regras e normas legais que regem os múltiplos temas do mundo do trabalho, o procedimento correto seria o envio de projeto de lei ao Congresso Nacional, demandando desse órgão constitucional a análise cuidadosa do mérito de cada um d

PIB caraminguá

Link PDF   Clemente Ganz Lúcio [1] No terceiro trimestre, o fluxo da produção econômica (oferta) e do consumo (demanda), medido pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística)   através da variação do Produto Interno Bruto (PIB), teve aumento de 0,6% em relação ao segundo trimestre de 2019. Festejam os analistas do mercado (aqueles que falam em nome dos donos do Brasil) e o governo os 11 trimestres sem resultado negativo, mesmo que em dois o resultado tenha sido 0% e, em outros dois, ficado em 0,1%. E comemoram porque precisam justificar o que fazem, como se estivesse tudo sendo um sucesso. Mas está dando certo, mesmo? (veja Síntese de Indicadores DIEESE – Algumas considerações sobre os resultados do PIB no 3º trimestre de 2019, disponível no site  www.dieese.org.br ). Bem, depende para quem. O setor da construção civil puxou parte do crescimento, depois de cinco anos em queda (tombo de 30% em relação a 2014). Esse resultado decorre do aumento da construção de habitação par