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Mostrando postagens com o rótulo conjuntura e economia brasileira

Emprego, Indústria e PIB sinalizam mais problemas

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  Link Holofote Link PDF Emprego, indústria e PIB sinalizam mais problemas   Clemente Ganz Lúcio [1]              Os indicadores divulgados na semana passada pelo IBGE (PIB, Desemprego e Indústria) sinalizam a vitalidade da dinâmica econômica: frágil, com baixo vigor, com a indústria travada, repondo com ocupações precárias e com queda dos rendimentos do trabalho os postos que foram fechados durante a pandemia.             As atividades retomam em todos os setores produtivos após a interrupção das restrições sanitárias à mobilidade, dos cuidados básicos com aglomerações e do uso de máscaras. O fim da pandemia não ocorreu de farto, está longe de ocorrer e essa flexibilização já repercute no aumento das internações e mortes. O primeiro trimestre efetivou um crescimento econômico do PIB de 1% em relação ao trimestre anterior, puxado pela retomada das atividades paralisadas no setor de serviços, pelo consumo das famílias e pelas exportações. Esses três vetores não são capazes de dar a traç

Desalento: dos trabalhadores e dos empresários

Desalento: dos trabalhadores e dos empresários   Link PDF Clemente Ganz Lúcio [1] Passados 140 dias do novo governo, nenhuma palavra sobre a grave situação do desemprego e, muito menos, sobre iniciativas para enfrentar o problema. Considerando que membros da equipe governamental acreditam que a terra é plana, que não há mudança climática ou qualquer outro problema ambiental, que violência se enfrenta com armas e balas, talvez também o desemprego seja um contratempo cuja solução seja esperar junto ao pé de uma goiabeira.             A bem da verdade, na área econômica, havia uma bala de prata. Desde a eleição, a reforma da previdência vinha sendo colocada como a chave capaz de abrir a porta para a dinâmica econômica, ressuscitando a capacidade fiscal do Estado para conduzir o país rumo ao crescimento. Os dias passaram e a fé econômica está mudando, pois, a reforma ainda é alardeada como fundamental, mas já não é mais suficiente. Será necessário agora também desonerar o setor

Brasil: futuro de exploração ou a retomada do leme?

Brasil: futuro de exploração ou a retomada do leme? Link PDF Clemente Ganz Lúcio [1] A “ponte para o futuro” lançou o país nos braços dos interesses estrangeiros, com a entrega dos ativos econômicos ao mercado internacional, desmobilização e desmonte dos instrumentos públicos de coordenação e indução do desenvolvimento, além da criação de regras que reduzem drasticamente o tamanho do Estado. Mais uma vez, o país virou uma grande piada no exterior, como tinha acontecido com o 7 x 1 e ocorre agora também com o “cai-cai do menino Neymar”. As fundações da soberania nacional brasileira para projetar o futuro do país ficaram sob essa enorme ponte que atalhou a democracia brasileira. Falou-se que era uma pinguela. Grave engano! Em dois anos, a ponte mostrou-se uma construção larga, dinâmica e forte, que mudou drasticamente as possibilidades do futuro brasileiro. O grande jogo Há um complexo processo econômico, social, político e cultural que aprofunda e expande a acumulação d

Greve dos caminhoneiros (entrevista UOL)

Link entrevista para UOL

Quem ganha com o lucro dos bancos, além dos bancos?

Quem ganha com o lucro dos bancos, além dos bancos? Clemente Ganz Lúcio  Sociólogo, Diretor Técnico do DIEESE Desde 2014, a economia brasileira enfrenta recessão, com sérios impactos sobre o mercado de trabalho: elevação do desemprego, crescimento da informalidade e redução dos salários. Para piorar, a lei da terceirização, aprovada em março, e a reforma trabalhista, em vigor desde novembro, permitiram a precarização do trabalho. Na outra ponta, as altas taxas de juros, mesmo em queda, em nenhum momento, estimularam o crédito e o investimento produtivo. Neste cenário, os lucros dos cinco maiores bancos do Brasil, mais uma vez, bateram recordes em 2017. Itaú Unibanco, Bradesco, Caixa Econômica, Banco do Brasil e Santander somaram lucro de R$ 77,4 bilhões, 33,5% a mais do que em 2016.  Esses resultados se devem, entre outros fatores, à elevação das receitas com tarifas e serviços e, especialmente, à queda nas despesas de captação, que acompanharam o movimento de redução da t

Rede Brasil Atual (entrevistas)

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Quem ganha com o lucro dos bancos, além dos bancos?

Quem ganha com o lucro dos bancos, além dos bancos? Clemente Ganz Lúcio  Sociólogo, Diretor Técnico do DIEESE Desde 2014, a economia brasileira enfrenta recessão, com sérios impactos sobre o mercado de trabalho: elevação do desemprego, crescimento da informalidade e redução dos salários. Para piorar, a lei da terceirização, aprovada em março, e a reforma trabalhista, em vigor desde novembro, permitiram a precarização do trabalho. Na outra ponta, as altas taxas de juros, mesmo em queda, em nenhum momento, estimularam o crédito e o investimento produtivo. Neste cenário, os lucros dos cinco maiores bancos do Brasil, mais uma vez, bateram recordes em 2017. Itaú Unibanco, Bradesco, Caixa Econômica, Banco do Brasil e Santander somaram lucro de R$ 77,4 bilhões, 33,5% a mais do que em 2016.  Esses resultados se devem, entre outros fatores, à elevação das receitas com tarifas e serviços e, especialmente, à queda nas despesas de captação, que acompanharam o movimento de redução da t

A economia em câmera lenta

A economia em câmera lenta                                                              Clemente Ganz Lucio Os indicadores de emprego (fevereiro) e inflação (março) mostram que a economia anda de lado. Se parou de cair no fundo do poço da recessão, a recuperação está longe de acontecer. A recessão é profunda e grave e, para piorar, a estratégia do governo está focada nas reformas que entregam a economia para o mercado e os interesses internacionais e de multinacionais. Nesta estratégia, a natureza da retomada será definida pelo mercado e a sustentação do crescimento será promovida por ele, cabendo ao governo a articulação. A história econômica atesta que a economia crescerá, o País será mais rico, resultando, porém, no aumento da desigualdade – os ricos ficarão muito mais ricos – na expansão da precarização do trabalho e no aprofundamento da pobreza. Os indicadores de inflação apontam para uma taxa muito baixa para os padrões estruturais da economia brasileira. O IPCA (IBGE)

Fundo do poço favorece a transformação neoliberal

Fundo do poço favorece a transformação neoliberal   Link PDF Clemente Ganz Lúcio [1]             A economia brasileira chegou ao fundo do poço em 2017, depois de experimentar uma das mais severas crises dos últimos 150 anos. Os motivos que levaram o país a essa situação têm relação com as escolhas econômicas e políticas feitas pelo governo, a oposição no Congresso e dos empresários, que, desde 2015, travaram tudo. Porém, na essência, esse embate e a crise visaram liberar o caminho para uma enorme mudança econômica, com a apropriação privada da riqueza natural, a privatização das estatais e de serviços públicos, aquisições e fusões de empresas, a mudança legislativa dos marcos regulatórios da concorrência e da propriedade, a desnacionalização da base produtiva, o desmonte dos instrumentos do Estado para mobilizar o desenvolvimento. A lista é longa. De maneira acelerada e em escala inédita, o país entregou e integrou sua dinâmica econômica, social e política à estratégia neoli

Fadas e lutas!

Fadas e lutas!   Link PDF Clemente Ganz Lúcio [1] O primeiro semestre de 2017 já é passado e a fada da confiança, essa criação do mercado, fugiu ou nem apareceu. Sem o mágico pó deste ser alado, empresários e o governos tupiniquins não foram encantados para tomarem a decisão de investir para que o país retomasse o crescimento com geração de emprego. Ao longo de 2015 e 2016 o atalho parlamentar para afastar a Presidenta Dilma justificava-se, como remédio custoso e amargo, para mobilizar a fada da confiança que encantaria o mercado para transformar a dinâmica econômica do país. Um ano de mandato tampão e o que o governo entrega para a nação é uma inflação girando na casa dos 3% ao ano, louvada como resultado da robustez da política econômica, e o crescimento trimestral de 1% do PIB puxado pela safra agrícola, que no segundo trimestre já acabou. A inflação baixa é um sintoma de uma economia que se encontra na UTI, a um passo da falência geral dos órgãos. Recessão, a beira

A grande recessão

A grande recessão Link PDF Clemente Ganz Lúcio [1] O impeachment geraria a reversão das expectativas e o otimismo mobilizaria a vontade do empresariado para investir e produzir, afirmavam analistas, políticos e o novo governo. O setor produtivo e o novo governo entrariam em campo para “dar tudo de si” e “fazer o seu melhor”, como costumam afirmar atletas antes e depois de qualquer prova ou partida esportiva. Contudo, os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nessa semana, revelam que se alguém entrou em campo, não deu conta do recado. O “seu melhor estava fora de si”. O Brasil consolidou, pelo segundo ano consecutivo, um dos maiores tombos econômicos da sua história. Se em 2015 o país regrediu economicamente -3,8%, em 2016, o Produto Interno Bruto (PIB) caiu novos -3,6%. Nos dois tempos, uma queda de -7,2%. As variações trimestrais negativas começaram no governo Dilma Rousseff: -1,2% no 2 o trimestre de 2014, e 0% e 0,2% no 3 o e 4

2017 será longo

2017 será longo Link PDF Clemente Ganz Lúcio [1] Sempre é a luta que, em campos ou situações adversas, predomina na vida sindical. Assim será em 2017, um ano que, para os trabalhadores, talvez nem devesse ter começado! O desemprego crescerá porque a economia continuará patinando, o que dramaticamente compromete a vida dos trabalhadores e a perspectiva geral do desenvolvimento do país. Por isso,  a centralidade da luta pelo  emprego , o que requer uma visão estratégica de como retomar e sustentar o crescimento e o desenvolvimento econômico nacional e soberano. As escolhas dos caminhos para o desenvolvimento de uma das maiores economias do planeta envolvem múltiplos e poderosos interesses, em um jogo que vale tudo. A  democracia é uma construção política para colocar limites ao vale tudo e, com regras, fazer as escolhas a partir do debate público e com participação social. Defendê-la será uma grande tarefa para este ano. O desenvolvimento nacional soberano é resultado

O longo ano de 2017

O longo ano de 2017   Link PDF Clemente Ganz Lúcio [1] As questões colocadas na agenda dos debates deliberativos do Congresso Nacional e dos encaminhamentos do poder executivo são iniciativas complexas do governo federal e que terão múltiplos impactos sobre a vida das pessoas e as bases do desenvolvimento econômico, social e ambiental do Brasil. Será um longo ano de um tempo curto para as lutas. O desemprego crescerá porque a economia continuará patinando, o que dramaticamente compromete a vida dos trabalhadores e a perspectiva geral do desenvolvimento do país. Por isso,  a centralidade da luta pelo  emprego , o que requer uma visão estratégica de como retomar e sustentar o crescimento e o desenvolvimento econômico nacional e soberano. As escolhas dos caminhos para o desenvolvimento de uma das maiores economias do planeta envolvem múltiplos e poderosos interesses, em um jogo que vale tudo. A  democracia é uma construção política para colocar limites ao vale tudo e, com r