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Mostrando postagens de setembro, 2018

As negociações coletivas em 2018

As negociações coletivas em 2018   Link PDF Clemente Ganz Lúcio [1]             Já se passaram 10 meses desde que a nova legislação trabalhista entrou em vigor, promovendo grandes alterações no sistema de relações de trabalho e nos direitos trabalhistas. O acompanhamento que o DIEESE faz das negociações coletivas, por meio do processamento das bases estatísticas do Sistema Mediador do Ministério do Trabalho, a pesquisa e a assessoria aos sindicatos, indica resultados importantes nos processos negociais.             Os reajustes salariais tiveram bons resultados até a data-base de junho quando, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (INPC-IBGE), o aumento necessário ficou em 1,76%. Já em julho, agosto e setembro, quando houve repique inflacionário, o reajuste necessário dobrou, subindo para 3,6%, o que trouxe dificuldades para 1/3 das negociações, que não conseguiram repor integralmente o poder de compra dos sal

Greves incomodam, mas fazem bem à sociedade

Greves incomodam, mas fazem bem à sociedade Link PDF Clemente Ganz Lúcio [1]             “Uma greve incomoda muita gente! 1.566 greves incomodam, incomodam, incomodam... muito mais!” Mas é um incômodo saudável, pois trata-se de uma ação decorrente da união e do movimento de trabalhadores que visam enfrentar problemas ou buscar o que consideram justo e direito. É a forma como os trabalhadores se defendem dos ataques dos empregadores, quando estes não cumprem direitos pactuados ou estabelecidos em lei ou tentam retirá-los ou reduzi-los. Há também o incômodo, ainda mais salutar, provocado pela greve que busca avançar no padrão de direitos instituídos, repartir melhor os ganhos produzidos pelo trabalho ou alcançar melhora nas regras das relações laborais.             A greve expõe um problema ou uma expectativa não atendida, coloca em disputa a viabilidade da demanda, revela os interesses envolvidos e indica alternativas e possibilidades distributivas para a riqueza produz

Promessa de crescimento não se concretiza e mercado de trabalho piora

Promessa de crescimento não se concretiza e mercado de trabalho piora   Link PDF Clemente Ganz Lúcio [1] O ano de 2018 já passou da metade e a promessa do crescimento econômico e da melhora do mercado de trabalho foi confirmada como um grande engodo. As expectativas alvissareiras do governo não mudaram a realidade e a conta chegou, muito cara e pesada para os trabalhadores, as empresas e toda a sociedade.  O crescimento econômico, que beiraria os 4%, mirrou e agora as estimativas oficiais mais otimistas indicam que o PIB deve crescer apenas 1,6% em 2018. No mercado de trabalho, os 1 milhão de empregos formais que seriam gerados neste ano tornaram-se algo em torno de 200 mil. Nessa dinâmica, serão necessários 15 “breves” anos para repor as vagas fechadas pelo projeto da ponte para o futuro .  A população brasileira em idade de trabalhar é de 170 milhões de pessoas (Pnad Contínua, IBGE, junho 2018), das quais cerca de 104 milhões formam a força de trabalho. Desse último

Dados sobre negociação coletiva mostram importância dos sindicatos

Dados sobre negociação coletiva mostram  importância dos sindicatos Link PDF Clemente Ganz Lúcio [1] O debate sobre o papel dos sindicatos no Brasil apresenta dados díspares sobre o número de entidades existentes no país e o trabalho por elas desenvolvido. Ultimamente, informações que não refletem a realidade são utilizadas para justificar medidas que atacam o financiamento sindical, baseadas no argumento de que a maior parte das instituições possui pouca ou nenhuma representatividade junto aos trabalhadores e, efetivamente, não negocia. Nessa visão simplista e, por vezes, mal-intencionada, os sindicatos que não negociam deveriam simplesmente ser fechados. O ataque ao custeio dessas instituições serviria para quebrá-las financeiramente. Os sindicatos laborais são instituições criadas pelos trabalhadores desde a 1 a Revolução Industrial no século XIX. Os trabalhadores se associam e reúnem força política para produzir e defender seus direitos. São instituições fundamentais

Revista FISENGE - entrevista Clemente (engenharia e desenvolvimento)

FISENGE Revista (entrevista Clemente Lucio)

TV 247 - entrevista (20.09)

ENTREVISTA  TV 247 (20.09.2018) Artigo PODER 360 - Sindicatos e negociação coletiva

Situação e perspectiva do emprego 2018 no Brasil e no mundo

Situação e perspectiva do emprego 2018 no Brasil e no mundo   Link PDF Clemente Ganz Lúcio [1]             Brasil             O Brasil tem, segundo o IBGE, uma população de 170 milhões de pessoas em idade ativa, das quais 104,5 milhões compõem a força de trabalho, sendo 91,7 milhões na situação de ocupados e 12,8 milhões desempregados (PNAD, IBGE, trimestre maio-julho 2018). O nível de ocupação está em 53,9% das pessoas em idade ativa, cerca de 3 pp. abaixo de nível de ocupação no período 2012 a 2014 (57%).             O Brasil segue com elevada taxa de desemprego que se reduz lentamente, coerente com uma economia que anda de lado. No trimestre fevereiro a abril a taxa de desemprego atingiu 12,9%, caindo no trimestre maio a julho para 12,3%, segundo a PNAD-IBGE. Em um ano observa-se uma leve redução de 0,5 p.p. (12,8% para 12,3%).  Lembremos que a taxa de desocupação que estava em 6,4% em dezembro de 2014 - menor patamar – dobrou em dois anos e atingiu 13,6% no primeir

Desafios do mundo do trabalho - entrevista Tutaméia

Link Entrevista Tutaméia

Brasil: futuro de exploração ou a retomada do leme?

Brasil: futuro de exploração ou a retomada do leme? Link PDF Clemente Ganz Lúcio [1] A “ponte para o futuro” lançou o país nos braços dos interesses estrangeiros, com a entrega dos ativos econômicos ao mercado internacional, desmobilização e desmonte dos instrumentos públicos de coordenação e indução do desenvolvimento, além da criação de regras que reduzem drasticamente o tamanho do Estado. Mais uma vez, o país virou uma grande piada no exterior, como tinha acontecido com o 7 x 1 e ocorre agora também com o “cai-cai do menino Neymar”. As fundações da soberania nacional brasileira para projetar o futuro do país ficaram sob essa enorme ponte que atalhou a democracia brasileira. Falou-se que era uma pinguela. Grave engano! Em dois anos, a ponte mostrou-se uma construção larga, dinâmica e forte, que mudou drasticamente as possibilidades do futuro brasileiro. O grande jogo Há um complexo processo econômico, social, político e cultural que aprofunda e expande a acumulação d

Perspectiva do emprego 2018/2019

Perspectiva do emprego 2018/2019   Link do PDF Clemente Ganz Lúcio [1]             Com as diversas inovações tecnológicas, o sistema produtivo, a geração de energia, a comunicação e o transporte têm se modificado intensamente, facilitando a articulação das cadeias produtivas globais e a estruturação de uma nova divisão internacional do trabalho. O sistema financeiro compra empresas e patrimônios naturais, amplia formas de gerar lucro e de acumular e concentrar renda e riqueza. Esse processo exige a prospecção sobre o que será o futuro do trabalho e do emprego.             Um bom ponto de partida é entender a situação da dinâmica econômica e regulatória do mercado de trabalho, o que está acontecendo e quais as perspectivas para o emprego. A OIT (Organização Internacional do Trabalho) disponibilizou duas importantes publicações:  Perspectivas Sociales y del Empleo en el Mundo – tendencias 2018 (OIT, Genebra, 2018) e  Panorama Laboral 2017 América Latina y Caribe (OIT, Lima,