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Como resolve uma greve? Negociando! (RED)

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Link RED Link PDF Como resolve uma greve? Negociando!   Clemente Ganz Lúcio  [1]                      A greve expressa um basta dos trabalhadores diante de problemas de conflito distributivo, de condições ou de relações de trabalho. Não é o fim de uma relação de trabalho ou atividade produtiva, mas pode marcar o início de uma nova fase, de um novo tempo ou de um outro processo. Há greves defensivas, aquelas feitas, p.ex. por atraso nos salários, direitos aviltados, empregos destruídos; há greves propositivas, realizadas para ampliar direitos e distribuir os resultados alcançados pelo trabalho de todos.          Parar de trabalhar, coletivamente, é sempre uma decisão difícil. Entrar em greve é uma iniciativa coletiva complexa e arriscada, assim como encerrá-la não é nada fácil, tanto para os trabalhadores como para os empregadores privados ou públicos.          Qual é bom caminho para evitar a greve? Acontecendo, como dela sair?          O melhor remédio, genérico e de altíssima eficáci

Em 2018, trabalhadores lutaram para manter direitos

  Link PDF   Levantamento do DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) mostra que, em 2018, foram realizadas no Brasil 1.453 greves. Os trabalhadores da esfera pública promoveram 791 paralisações e os da esfera privada, 655.  O DIEESE realiza esse levantamento desde 1978. Atualmente, a entidade tem registradas cerca de 40 mil greves. As informações são obtidas por meio de notícias veiculadas em jornais impressos e eletrônicos da grande mídia e da imprensa sindical Além do número de greves, horas paradas, principais setores e regiões onde houve mobilização, o levantamento também permite a verificação dos motivos das greves. Mais de 80% das mobilizações de 2018 tinham caráter defensivo, ou seja, visavam à manutenção das condições vigentes ou protestavam contra o descumprimento de direitos. A exigência de regularização de pagamentos em atraso (salários, férias, 13º ou vale salarial) e a reivindicação por reajuste de salários e pisos foram as principais r

Greves incomodam, mas fazem bem à sociedade

Greves incomodam, mas fazem bem à sociedade Link PDF Clemente Ganz Lúcio [1]             “Uma greve incomoda muita gente! 1.566 greves incomodam, incomodam, incomodam... muito mais!” Mas é um incômodo saudável, pois trata-se de uma ação decorrente da união e do movimento de trabalhadores que visam enfrentar problemas ou buscar o que consideram justo e direito. É a forma como os trabalhadores se defendem dos ataques dos empregadores, quando estes não cumprem direitos pactuados ou estabelecidos em lei ou tentam retirá-los ou reduzi-los. Há também o incômodo, ainda mais salutar, provocado pela greve que busca avançar no padrão de direitos instituídos, repartir melhor os ganhos produzidos pelo trabalho ou alcançar melhora nas regras das relações laborais.             A greve expõe um problema ou uma expectativa não atendida, coloca em disputa a viabilidade da demanda, revela os interesses envolvidos e indica alternativas e possibilidades distributivas para a riqueza produz

Greve dos caminhoneiros (entrevista UOL)

Link entrevista para UOL

Greves pipocam em 2017

Greves pipocam em 2017. e relações de trabalho significaperem esses objetivos. m dar soluçr isso mesmo, deve ser a mudança, ressultado s Clemente Ganz Lúcio Diretor Técnico do DIEESE   Os trabalhadores coletivamente param de trabalhar e a isso chamamos greve. Ao parar de trabalhar, deixam de produzir e impõem perda àqueles que os empregam. Na greve, o recurso humano que a empresa emprega se apresenta como gente e como sujeito político, porque é coletivo, e porque para! O empresário pensa que se fosse uma máquina, não pararia. Se quebrasse, ele consertava ou trocava. Com gente é diferente, apesar dos patrões insistirem em chamar de recurso humano - mania de alguns de transformar o sujeito em adjetivo. Na greve, o adjetivo se coloca de maneira imperativa, como sujeito, e explicita o conflito de classe – entre quem emprega e quem é empregado, entre quem manda e quem obedece. A greve afirma, em um lapso de tempo, que outra situação de trabalho seria possível. Mas há greve

As greves em 2016

As greves em 2016   Link PDF Clemente Ganz Lúcio [1] Segundo levantamento do DIEESE, foram realizadas 2.093 greves em todo o país em 2016. Cerca de 81% das paralisações incluíam questões de caráter defensivo na pauta de reivindicações, ou seja, pretendiam manter direitos e não obter novas conquistas, visando garantir o que estava previsto em lei ou nos acordos e convenções; e mais da metade (56%) denunciava descumprimento de direitos. Reivindicações propositivas estiveram presentes em 34% das paralisações, tencionando ampliar o patamar de direitos já existentes. O motivo predominante nas greves foi o atraso no pagamento dos salários (39%), seguido pela demanda de reajuste salarial (30%), fatores relacionados à alimentação (19%), condições de trabalho (16%), demora no pagamento do 13 o salário (10%) e por questões relacionadas a Planos de Cargos e Salários (9%).  Atrasos de salários e outras verbas foram responsáveis, portanto, por quase 50% dos motivos que levaram os traba

Por que paramos?

Por que paramos?   Link PDF Clemente Ganz Lúcio [1] “Paramos, mas o mundo não para de girar”, disse, rindo, Valdeci. “Fazemos greve por necessidade. Às vezes porque os patrões não pagam o salário. Pode ser uma parada curta, mas sempre resolve! Às vezes porque eles não querem repor as perdas, essas que o DIEESE calcula. Tem muito direito descumprido, mas quando junta tudo em uma pauta... tem um motivo forte. Paramos também por uma vontade! A vontade de ganhar mais. Eles enriquecem e a gente vai ficar na mesma ou empobrecendo? Não, temos que parar sim! Só a greve resolve. E como resolve a greve? Com negociação. Tem que parar, mas tem que saber negociar quando está tudo parado. É bem diferente negociar parado, bem diferente mesmo! ” Valdeci, trabalhador da construção civil, líder da oposição e depois dirigente sindical em Curitiba, falava das muitas greves que conduziu desde o final dos anos 1970. Cada luta tem uma história que precisa ser contada, lida e ouvida para virar me