Postagens

Mostrando postagens com o rótulo greves

Ir à greve e conquistar direitos (Poder 360)

Imagem
Link Poder 360 Link PDF Ir à Greve e Conquistar Direitos   Clemente Ganz Lúcio  [1]          Conquistar direitos para repartir de forma mais justa o resultado econômico do trabalho de todos e a renda nacional é a essência da luta sindical. Melhorar salários, reduzir a jornada de trabalho, garantir saúde, creches, formação, férias, pagamento de horas extras, entre outros benefícios, fazem parte da pauta sindical. Às vezes, é preciso parar. Parar de produzir! Parar de trabalhar! Ir à greve!   A  Place de Grève , em Paris, fica junto ao rio Sena. O termo “greve” em francês originalmente significava uma área de cascalho ou areia às margens de um rio. A praça, situada perto da atual Prefeitura de Paris (Hôtel de Ville), tinha um terreno arenoso que inspirou o nome.   No século XVII, a praça tornou-se um ponto de encontro para trabalhadores desempregados que buscavam oportunidades, aguardando que comerciantes ou empreiteiros os contr...

Como resolve uma greve? Negociando! (RED)

Imagem
Link RED Link PDF Como resolve uma greve? Negociando!   Clemente Ganz Lúcio  [1]                      A greve expressa um basta dos trabalhadores diante de problemas de conflito distributivo, de condições ou de relações de trabalho. Não é o fim de uma relação de trabalho ou atividade produtiva, mas pode marcar o início de uma nova fase, de um novo tempo ou de um outro processo. Há greves defensivas, aquelas feitas, p.ex. por atraso nos salários, direitos aviltados, empregos destruídos; há greves propositivas, realizadas para ampliar direitos e distribuir os resultados alcançados pelo trabalho de todos.          Parar de trabalhar, coletivamente, é sempre uma decisão difícil. Entrar em greve é uma iniciativa coletiva complexa e arriscada, assim como encerrá-la não é nada fácil, tanto para os trabalhadores como para os empregadores privados ...

Em 2018, trabalhadores lutaram para manter direitos

  Link PDF   Levantamento do DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) mostra que, em 2018, foram realizadas no Brasil 1.453 greves. Os trabalhadores da esfera pública promoveram 791 paralisações e os da esfera privada, 655.  O DIEESE realiza esse levantamento desde 1978. Atualmente, a entidade tem registradas cerca de 40 mil greves. As informações são obtidas por meio de notícias veiculadas em jornais impressos e eletrônicos da grande mídia e da imprensa sindical Além do número de greves, horas paradas, principais setores e regiões onde houve mobilização, o levantamento também permite a verificação dos motivos das greves. Mais de 80% das mobilizações de 2018 tinham caráter defensivo, ou seja, visavam à manutenção das condições vigentes ou protestavam contra o descumprimento de direitos. A exigência de regularização de pagamentos em atraso (salários, férias, 13º ou vale salarial) e a reivindicação por reajuste de salários e pisos foram a...

Greves incomodam, mas fazem bem à sociedade

Greves incomodam, mas fazem bem à sociedade Link PDF Clemente Ganz Lúcio [1]             “Uma greve incomoda muita gente! 1.566 greves incomodam, incomodam, incomodam... muito mais!” Mas é um incômodo saudável, pois trata-se de uma ação decorrente da união e do movimento de trabalhadores que visam enfrentar problemas ou buscar o que consideram justo e direito. É a forma como os trabalhadores se defendem dos ataques dos empregadores, quando estes não cumprem direitos pactuados ou estabelecidos em lei ou tentam retirá-los ou reduzi-los. Há também o incômodo, ainda mais salutar, provocado pela greve que busca avançar no padrão de direitos instituídos, repartir melhor os ganhos produzidos pelo trabalho ou alcançar melhora nas regras das relações laborais.             A greve expõe um problema ou uma expectativa não atendida, coloca em disputa a viabilidade...

Greve dos caminhoneiros (entrevista UOL)

Link entrevista para UOL

Greves pipocam em 2017

Greves pipocam em 2017. e relações de trabalho significaperem esses objetivos. m dar soluçr isso mesmo, deve ser a mudança, ressultado s Clemente Ganz Lúcio Diretor Técnico do DIEESE   Os trabalhadores coletivamente param de trabalhar e a isso chamamos greve. Ao parar de trabalhar, deixam de produzir e impõem perda àqueles que os empregam. Na greve, o recurso humano que a empresa emprega se apresenta como gente e como sujeito político, porque é coletivo, e porque para! O empresário pensa que se fosse uma máquina, não pararia. Se quebrasse, ele consertava ou trocava. Com gente é diferente, apesar dos patrões insistirem em chamar de recurso humano - mania de alguns de transformar o sujeito em adjetivo. Na greve, o adjetivo se coloca de maneira imperativa, como sujeito, e explicita o conflito de classe – entre quem emprega e quem é empregado, entre quem manda e quem obedece. A greve afirma, em um lapso de tempo, que outra situação de trabalho seria possível. Mas há gr...

As greves em 2016

As greves em 2016   Link PDF Clemente Ganz Lúcio [1] Segundo levantamento do DIEESE, foram realizadas 2.093 greves em todo o país em 2016. Cerca de 81% das paralisações incluíam questões de caráter defensivo na pauta de reivindicações, ou seja, pretendiam manter direitos e não obter novas conquistas, visando garantir o que estava previsto em lei ou nos acordos e convenções; e mais da metade (56%) denunciava descumprimento de direitos. Reivindicações propositivas estiveram presentes em 34% das paralisações, tencionando ampliar o patamar de direitos já existentes. O motivo predominante nas greves foi o atraso no pagamento dos salários (39%), seguido pela demanda de reajuste salarial (30%), fatores relacionados à alimentação (19%), condições de trabalho (16%), demora no pagamento do 13 o salário (10%) e por questões relacionadas a Planos de Cargos e Salários (9%).  Atrasos de salários e outras verbas foram responsáveis, portanto, por quase 50% dos motivos que levaram...

Por que paramos?

Por que paramos?   Link PDF Clemente Ganz Lúcio [1] “Paramos, mas o mundo não para de girar”, disse, rindo, Valdeci. “Fazemos greve por necessidade. Às vezes porque os patrões não pagam o salário. Pode ser uma parada curta, mas sempre resolve! Às vezes porque eles não querem repor as perdas, essas que o DIEESE calcula. Tem muito direito descumprido, mas quando junta tudo em uma pauta... tem um motivo forte. Paramos também por uma vontade! A vontade de ganhar mais. Eles enriquecem e a gente vai ficar na mesma ou empobrecendo? Não, temos que parar sim! Só a greve resolve. E como resolve a greve? Com negociação. Tem que parar, mas tem que saber negociar quando está tudo parado. É bem diferente negociar parado, bem diferente mesmo! ” Valdeci, trabalhador da construção civil, líder da oposição e depois dirigente sindical em Curitiba, falava das muitas greves que conduziu desde o final dos anos 1970. Cada luta tem uma história que precisa ser contada, lida e ouvida para vira...