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Mostrando postagens de abril, 2018

A economia em câmera lenta

A economia em câmera lenta                                                              Clemente Ganz Lucio Os indicadores de emprego (fevereiro) e inflação (março) mostram que a economia anda de lado. Se parou de cair no fundo do poço da recessão, a recuperação está longe de acontecer. A recessão é profunda e grave e, para piorar, a estratégia do governo está focada nas reformas que entregam a economia para o mercado e os interesses internacionais e de multinacionais. Nesta estratégia, a natureza da retomada será definida pelo mercado e a sustentação do crescimento será promovida por ele, cabendo ao governo a articulação. A história econômica atesta que a economia crescerá, o País será mais rico, resultando, porém, no aumento da desigualdade – os ricos ficarão muito mais ricos – na expansão da precarização do trabalho e no aprofundamento da pobreza. Os indicadores de inflação apontam para uma taxa muito baixa para os padrões estruturais da economia brasileira. O IPCA (IBGE)

Cenário: emprego 2018 (Panorama: TV Cultura)

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O Contexto e as Mudanças no Sistema de Relações de Trabalho no Brasil: Mudança, Retrocesso e Desafios

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Artigo publicado no Caderno do CEAS (link abaixo) Link do Caderno

Emprego e trabalho intermitente

Emprego e trabalho intermitente Link PDF Clemente Ganz Lúcio Os dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do Ministério do Trabalho, começaram a indicar a qualidade das contratações depois da reforma trabalhista. Entre janeiro e fevereiro de 2018, o saldo entre admitidos e desligados foi de cerca de 62 mil e significou variação positiva de 0,16% - e este foi o melhor resultado para o mês de fevereiro, desde de 2014.  Já o salário médio, como era esperado, caiu, uma vez que os admitidos receberam, em média, R$ 1.502,68, 10% a menos do que os demitidos, que foi de R$ 1.662,95.   A reforma trabalhista permite, desde novembro, que o trabalhador esteja no local de trabalho somente quando a empresa precisa, ou seja, as mudanças legalizaram os bicos para uma mesma empresa ou para várias, chamando esse tipo de contratação de trabalho intermitente. Agora, a pessoa pode ser contratada para trabalhar umas horinhas por semana, a gosto e conforme a necessidade da e

Precarização e renda: mercado de trabalho em 2018

Precarização e renda: mercado de trabalho em 2018 Clemente Ganz Lúcio Patrícia Lino Costa A Reforma Trabalhista começou para valer: venceu o mantra neoliberal de que a CLT atrapalha a criação de emprego e encarece o custo Brasil. Desde novembro, o governo optou por seguir os passos de países como Espanha, México e outros, que realizaram alterações nas legislações trabalhistas. Na maioria dos casos, os efeitos positivos esperados não se concretizaram. Aqui no Brasil, os resultados, ainda de curto prazo, já começam a aparecer e eles também não são bons, apesar do que alguns querem crer. Os dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, do Ministério do Trabalho), de fevereiro, mostraram o saldo positivo de 62 mil vagas, resultado comemorado por aqueles que acreditam que o país está nos trilhos do crescimento. A reforma trabalhista garante, desde novembro, que o trabalhador esteja presente no local de trabalho somente quando a empregador precisa, ou seja, l