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Estúpida é a desigualdade

Link PDF Clemente Ganz Lúcio [1]   É comum tratar a desigualdade como um problema da pobreza e dos pobres, afinal são eles que vivem o inferno das causas e consequências. Mas, de fato, a desigualdade é um problema cuja origem está na concentração da renda e da riqueza promovida intencionalmente pelos ricos. Como a guerra ou as mais variadas formas de ódio, a desigualdade é expressão dura e crua manifesta do homem rico, esse ser único no reino animal a promover a desigualdade como virtude, uma estupidez. Em relação à desigualdade, assim como a todas as demais formas de estupidez humana, não cabe nenhum lampejo de tolerância. A desigualdade é enfrentada insistentemente pela Oxfam que é uma confederação internacional de 20 organizações que trabalham em rede, em mais de 90 países. Anualmente denúncia, na semana em que os ricos se encontram no Fórum Econômico de Davos, na Suíça, os graves problemas que vivem os pobres e a escandalosa e crescente concentração de riqueza e renda no mundo....

A desigualdade é humana e tem cura

A desigualdade é humana e tem cura   Link PDF Clemente Ganz Lúcio [1] A desigualdade social é produto histórico de mecanismos que organizam a produção e a distribuição econômica no mercado capitalista. Há inúmeros institutos que protegem a propriedade privada e os interesses (lucro) dos indivíduos e promovem a acumulação quase infinita de renda e riqueza, intencionalmente distribuída de maneira iníqua pelos critérios institucionais da meritocracia ou de instrumentos de poder que usam força e coerção. O resultado é claro: miséria e pobreza predominam em um mundo no qual todos poderiam viver bem, preservando e renovando os recursos naturais.             Como tem feito anualmente na semana em que ocorre o Fórum Econômico de Davos, na Suíça, a Oxfam (confederação internacional de 20 organizações que trabalham em rede, em mais de 90 países, com a questão da pobreza e das desigualdades) divulgou estudo que mensura as ...

Igualdade entre mulheres e homens: um sonho a mais

Igualdade entre mulheres e homens: um sonho a mais Clemente Ganz Lúcio [1] A construção das condições, oportunidades e situações de igualdade entre mulheres e homens continua sendo um enorme desafio para a sociedade brasileira. Um problemão que precisa ser relembrado e enfrentado cotidianamente. Neste dia 08 de março duas importantes divulgações relembram esse desafio. O IBGE ( www.ibge.gov.br ) com “ Estatísticas de gênero ” e o DIEESE/Fundação Seade ( www.dieese.org.br ou www.seade.gov.br ) publicam “ Mulheres no mercado de trabalho metropolitano de São Paulo 2018 ”. Os estudo mais uma vez confirmam que as mulheres trabalham mais na soma da jornada no emprego, nos cuidados da casa e da família; que as mulheres estudam mais e tem escolaridade mais elevada; que o cuidado dos filhos, dos doentes e dos idosos é de sua responsabilidade. Tudo isso é mais que os homens, mas elas ganham menos! Os estudos esmiúçam dados que, ano após ano, repetem que o problema é muito...

Quem ganha com a desigualdade? (setembro.2017)

Quem ganha com a desigualdade?   Link PDF Clemente Ganz Lúcio [1] A desigualdade social é produto econômico do mercado capitalista. A propriedade privada da renda e riqueza, intencionalmente distribuída de maneira iníqua pelos critérios da meritocracia, é que a garante. A desigualdade aumenta a pobreza e consolida a miséria em um mundo de riqueza crescente para os poucos ricos. Nas décadas de 1980 e 1990, a desigualdade era apresentada como um problema dos países pobres, subdesenvolvidos ou em desenvolvimento. A Europa, por exemplo, consolidava, desde o pós-guerra, o Estado de bem-estar social, no qual combinava uma economia de mercado capitalista, diálogo social para regulamentar as relações de trabalho, sistema tributário progressivo para financiar as políticas publicas universais de proteção social, saúde e educação e para regular as relações sociais de produção e de distribuição. A crise de 2008 acelerou o processo, já em curso desde os anos 1980, de financeirizaçã...

A possibilidade da igualdade.

A possibilidade da igualdade. Clemente Ganz L ú cio  [1] A CEPAL [2] acaba de lançar o documento “Pactos para a igualdade: rumo a um futuro sustentável” [3] , último de uma trilogia [4] , no qual aprofunda a ótima análise histórico-estrutural sobre os desafios do desenvolvimento latino-americano e ousa, de maneira corajosa, afirmar a construção política de processos de transformação, por meio de pactos mobilizadores orientados pela igualdade, como horizonte da sustentabilidade econômica, social e ambiental do desenvolvimento. Neste documento de 340 páginas a Cepal sintetiza uma abordagem na qual a igualdade é o horizonte e, ao mesmo tempo, condição permanente de partida. O caminho, como processo, é a transformação estrutural e a arte da política é o instrumento principal. O olhar cuidadoso para a realidade história do continente latino-americano indica inúmeros e graves problemas que compõem um complexo emaranhado de desafios. Na visão da CEPAL, a mudança exige est...