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Mostrando postagens com o rótulo reinvenção sindical

“Em guerra”: desafios para o novo sindicato

“Em guerra”: desafios para o novo sindicato   Link PDF Clemente Ganz Lúcio [1] Os acionistas decidiram fechar uma unidade francesa da fábrica alemã Perrin Industrie. Há dois anos um acordo foi fechado entre a empresa e os sindicatos dos trabalhadores, o que implicou no aumento de jornada de trabalho e da produção sem aumento dos salários, mas com o compromisso de se preservar os empregos. Os trabalhadores cumpriram o acordo. Os acionistas queriam mais lucro e descobriram que ganharão (eles, os acionistas) muito mais se fecharem a fábrica. Assim começa “Em guerra”, filme dirigido por Stéphane Brizé. São quase duas horas luta sindical, debates e negociação. A cada instante “a nova empresa” se faz presente, com os interesses dos novos proprietários (os acionistas), ocultos e invisíveis, presentes através dos diretores e CEO mundial, e, também pelos “cabeças de planilha”, assessores e diretores, com seus ternos e taiers, olhos vidrados e o discurso da inevitabilidade dos dados

O sindicato do futuro será a resposta às complexidades

O sindicato do futuro será a resposta às complexidades   Lima PDF Clemente Ganz Lúcio [1] Um campo de transformações de extensa complexidade vem irrompendo em todo o mundo, independente do contexto político de cada país. Avanços tecnológicos e financeirização global são os alicerces das mudanças. Empregos, ocupações, profissões, a sociedade em geral sentem e sentirão ainda mais os impactos. Na base material de um sistema produtivo em transformação, emerge um mundo do trabalho desconhecido, que obriga sindicatos a se repensarem. O futuro do sindicato depende da qualidade da resposta que a atual estrutura sindical será capaz de dar. A reestruturação dos sindicatos precisa mirar a capacidade de organizar, mobilizar e representar os trabalhadores inseridos nesse outro mundo do trabalho. Essa transformação estrutural ocorre no contexto político e histórico-situacional da cada país, no qual Executivo, Legislativo, Judiciário e demais instituições, nos contextos econômico, social

Qual o futuro do sindicalismo? A dor da dúvida. (1)

Qual o futuro do sindicalismo? A dor da dúvida. (1) Link PDF Clemente Ganz Lúcio [1] Os que apagam o passado correm o risco de abolir o futuro também. Walter Benjamin E tem futuro? Essa resposta, em forma de pergunta, aparece recorrentemente nos debates sobre os desafios que o movimento sindical enfrenta. A resposta-pergunta carrega um misto de angústia, ansiedade, perplexidade, incerteza e desânimo. Muitos estão deprimidos! A angustia dói no peito e traz um cansaço mental e físico que decorre da quantidade e da complexidade dos problemas. Há uma sensação de tragédia e de impotência diante da necessidade de fazer algo. Sensação de estômago vazio e coração acelerado, a ansiedade carrega o medo do que vem pela frente, porque não se sabe o que é que vem. Há dúvida sobre qual decisão tomar, de que maneira enfrentar e resolver cada um dos problemas. Incerteza diante da complexidade dos fenômenos e das dificuldades de encontrar saídas ou soluções. Desânimo, falta de vont

Reforma trabalhista, negociação coletiva e organização sindical Princípios e diretrizes para resistir, inovar, mudar e avançar O contexto – não estamos sós!

Reforma trabalhista, negociação coletiva e organização sindical Princípios e diretrizes para resistir, inovar, mudar e avançar O contexto – não estamos sós! Link PDF Clemente Ganz Lúcio [1] Com este artigo, inicio uma série de textos elaborados a partir de debates e palestras que realizei sobre a reforma trabalhista, buscando formas de sistematizar e contextualizar os problemas e enfrentar o desafio de pensar caminhos a serem trilhados pelo movimento sindical em cenário extremamente complicado. Não é novidade que as dificuldades a serem enfrentadas são enormes. Contudo, a história nos autoriza a pensar que tudo muda o tempo todo; que no jogo social se disputa no presente as possibilidades de futuro; que alternativas se colocam e que tudo está sempre em aberto; que não há resultado definitivo, pois toda derrota pode ser revertida; um ônus pode se transformar em oportunidade; uma dificuldade pode mobilizar a criação de nova força de reação; há possibilidades de se ca