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Previdência: proposta de reforma desconsidera questões fundamentais Reduz despesa e corta benefício Ignora injustiça e desigualdade (03/19)

Link PDF       Clemente Ganz Lúcio [1] Economizar cerca de R$ 1,2 trilhão no Orçamento da União, em 10 anos, é o objetivo do governo federal com a proposta de reforma da Previdência e Seguridade Social contida na PEC 06/2010 (Projeto de Emenda Constitucional), em tramitação no Congresso Nacional. Trata-se de um objetivo fiscal que orienta a redução dos gastos da maior despesa orçamentária primária financiada com impostos, contribuições e taxas que nem todos pagam. Para conseguir fazer essa economia, poderia se cortar gastos, aumentar a arrecadação ou adotar as duas medidas. Há cinco caminhos possíveis para isso: gastar menos, pagando direitos menores (menos pessoas, menos direitos, menos tempo, menor valor); melhorar a gestão do sistema, reduzindo gastos operacionais; cobrar de quem não paga as dívidas e garantir o pagamento das contribuições correntes; aumentar a receita com novos impostos ou contribuições, novas alíquotas etc.; rever regras orçamentárias que retiram receita ou imputa

Mudanças estruturais e o sindicato do futuro: desafios para a reestruturação sindical

Link PDF   Clemente Ganz Lúcio [1]   O movimento sindical brasileiro vive uma conjuntura de complexas mudanças no sistema produtivo e nos marcos legais que estão colocando o imperativo de pensar e promover uma profunda reestruturação sindical. O desafio é mudar para que o sindicalismo brasileiro seja protagonista da organização dos trabalhadores no novo mundo do trabalho que irrompe; capaz de reunir todos os trabalhadores que estão inseridos no mundo do trabalho através de uma diversidade de formas de ocupação e de contratação; promover a unidade no campo político múltiplo da classe trabalhadora; ser agente de formulação de utopias que mobilizem os trabalhadores e de uma agenda com propostas que serão respostas afirmativas dos trabalhadores ao novo mundo que se apresenta. A reestruturação sindical deve ser um projeto planejado estrategicamente para que os trabalhadores, mais uma vez, se coloquem como agentes históricos de mudança que produzem justiça, igualdade, solidariedade e paz.   

IndustriALL Brasil: inovar sindicalmente para reindustrializar o Brasil (Publicado Terapia Política)

Terapia Política   Clemente Ganz Lúcio [1]               As empresas mobilizam transformações tecnológicas e patrimoniais que promovem profundas mudanças no mundo do trabalho, com impactos nos empregos, nas formas de contratação, na composição da jornada de trabalho, nas formas de remuneração, assim como com reflexos diversos sobre as condições de trabalho e sobre a saúde do/o trabalhador/a. Essas mudanças colocam na agenda sindical o desafio de elaborar novas estratégias de organização e de mobilização que sejam capazes de ser uma resposta eficaz às iniciativas do capital que buscam reduzir o custo do trabalho, flexibilizar as regras para contratar e demitir, e que acabam desempregando, produzindo precarização e gerando insegurança. Ao mesmo tempo, o movimento sindical brasileiro, por meio do Fórum das Centrais Sindicais, tem colocado como prioridade a elaboração de um projeto nacional de desenvolvimento, capaz de orientar a estratégia do país em conduzir o crescimento econômico socia

Empregos para a retomada do crescimento em 2021 (Poder 360)

  Link Poder 360 L ink PDF   Clemente Ganz Lúcio [1]               O mundo parou para enfrentar os efeitos letais do novo coronavírus. O isolamento e o distanciamento social, necessários para bloquear a propagação do vírus e o agravamento da crise sanitária, travou a atividade produtiva com os mais severos impactos para o mundo do trabalho ao longo de 2020. Os gravíssimos problemas exigiram medidas de emergência e políticas públicas nas áreas da saúde e da proteção de renda e empregos.             O mundo do trabalho sofreu impactos jamais vistos nessa extensão, quantidade e intensidade. No Brasil, em poucas semanas, mais de 20 milhões de pessoas foram para a inatividade decorrente da necessidade de isolamento social. Outros 8,5 milhões foram para o trabalho em home office, cerca de 5 milhões continuaram no desalento e mais de 13 milhões ficaram em desemprego aberto. Por outro lado, milhões continuaram trabalhando com altíssimo risco tanto no serviço de saúde como nas atividades essenc

desmonte do Estado e das Políticas Públicas

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IndustriALL Brasil, uma iniciativa inovadora

Link Poder 360 Link PDF Clemente Ganz Lúcio [1]               A organização sindical no campo dos trabalhadores inova para ser coetânea com as mudanças no sistema produtivo e na organização das empresas, assim como para atuar de forma vigorosa e propositiva diante das transformações no mundo do trabalho. Entidades sindicais de trabalhadores da base industrial, filiadas à CUT – Central Única dos Trabalhadores e à Força Sindical, decidiram criar uma organização unitária. Essa iniciativa é inspirada na IndustriALL Global Union, organização mundial dos trabalhadores na indústria filiada à CSI – Central Sindical Internacional, da qual participam as duas Centrais. A IndustriALL Brasil reúne as organizações sindicais dos ramos metalúrgicos, químicos, têxtil e vestuário, alimentação, construção civil e energia, que agregam a representação de 10 milhões de trabalhadores/as. A estratégia de implantação articulará a participação das demais entidades sindicais nesse projeto, ampliando o campo de u

As pressões sobre o emprego

                                                            As pressões sobre o emprego Link PDF   Poder 360 Clemente Ganz Lúcio [1]               Aumentarão nos próximos meses e ao longo de 2021 as pressões sobre o emprego. As frágeis respostas da economia brasileira mobilizarão uma dinâmica de aumento do desemprego, do desalento e da precarização. Antes da crise sanitária o desemprego já era muito alto, predominava a geração de ocupações precárias, o desalento era crescente e havia um contingente alto de ocupados que faziam jornada parcial. A crise do COVID-19 impôs a paralização de muitas atividades produtivas e exigiu que milhões de pessoas praticassem o isolamento social para protegerem a vida, provocando uma rápida e intensa recessão econômica. Nesse contexto, em poucas semanas, houve movimentos de magnitudes jamais vistas na dinâmica do mundo do trabalho no Brasil. Segundo o IBGE, cerca de 11 milhões foram para a inatividade, sem trabalhar ou procurar emprego; outros 8 milhões f

O Auxílio Emergencial deve continuar

  Link PDF   Clemente Ganz Lúcio [1]               A pandemia está longe de ser superada. No Brasil a crise sanitária mata em média 400 pessoas por dia, segundo dados da primeira semana de novembro, e o país já acumula mais de 160 mil mortes, a maioria evitáveis se houvesse uma política nacional intencionalmente articulada para proteger a vida. Nos países da Europa uma segunda onda aumenta contágios e mortes, medidas de isolamento são novamente implantadas, demonstrando que a luta para proteger vidas será dura e longa.             Em muitos países os dramáticos efeitos econômicos do necessário isolamento foram diminuídos, inclusive no Brasil, pela injeção de vultuosos recursos públicos para proteger o emprego e a renda dos trabalhadores e as empresas em função da paralização das atividades. Medidas corretas e necessárias, que devem ser continuadas para proteger as pessoas de uma crise sanitária que está longe de ser superada e para fazer parte da saída da grave crise econômica que o mu