Postagens

Mostrando postagens com o rótulo desafios sindicais

IndustriALL Brasil, uma iniciativa inovadora

Link Poder 360 Link PDF Clemente Ganz Lúcio [1]               A organização sindical no campo dos trabalhadores inova para ser coetânea com as mudanças no sistema produtivo e na organização das empresas, assim como para atuar de forma vigorosa e propositiva diante das transformações no mundo do trabalho. Entidades sindicais de trabalhadores da base industrial, filiadas à CUT – Central Única dos Trabalhadores e à Força Sindical, decidiram criar uma organização unitária. Essa iniciativa é inspirada na IndustriALL Global Union, organização mundial dos trabalhadores na indústria filiada à CSI – Central Sindical Internacional, da qual participam as duas Centrais. A IndustriALL Brasil reúne as organizações sindicais dos ramos metalúrgicos, químicos, têxtil e vestuário, alimentação, construção civil e energia, que agregam a representação de 10 milhões de trabalhadores/as. A estratégia de implantação articulará a participação das demais entidades sindicais nesse projeto, ampliando o campo de u

“Em guerra”: desafios para o novo sindicato

“Em guerra”: desafios para o novo sindicato   Link PDF Clemente Ganz Lúcio [1] Os acionistas decidiram fechar uma unidade francesa da fábrica alemã Perrin Industrie. Há dois anos um acordo foi fechado entre a empresa e os sindicatos dos trabalhadores, o que implicou no aumento de jornada de trabalho e da produção sem aumento dos salários, mas com o compromisso de se preservar os empregos. Os trabalhadores cumpriram o acordo. Os acionistas queriam mais lucro e descobriram que ganharão (eles, os acionistas) muito mais se fecharem a fábrica. Assim começa “Em guerra”, filme dirigido por Stéphane Brizé. São quase duas horas luta sindical, debates e negociação. A cada instante “a nova empresa” se faz presente, com os interesses dos novos proprietários (os acionistas), ocultos e invisíveis, presentes através dos diretores e CEO mundial, e, também pelos “cabeças de planilha”, assessores e diretores, com seus ternos e taiers, olhos vidrados e o discurso da inevitabilidade dos dados

Reforma sindical: com o pé na mina!

Reforma sindical: com o pé na mina!   Link PDF Clemente Ganz Lúcio [1] O governo federal criou o Grupo de Altos Estudos do Trabalho (Gaet), instalado em 30 de agosto e que será coordenado pelo ministro do Tribunal Superior do Trabalho, Ives Gandra, o mesmo que atuou na elaboração da reforma trabalhista contida na Lei 13.467/2017. O objetivo do Gaet é propor novas mudanças na legislação trabalhista para avançar ainda mais na ampla reforma realizada em 2017. Composto por ministros e magistrados da Justiça Trabalhista, o Gaet terá quatro órgãos temáticos, que se reunirão quinzenalmente - o grupo completo se encontrará uma vez por mês. Segundo declaração da juíza do trabalho, do TRT MG, Ana Fischer, no Twitter: “há muito o que ser feito” para simplificar contratações e revisar o modelo sindical brasileiro (Gazeta do Povo, 30/08/19). Deu para entender? O Gaet vai tratar, entre outros assuntos, de segurança jurídica, previdência e trabalho. O fim da unicidade sindical, com o obj

O sindicato do futuro será a resposta às complexidades

O sindicato do futuro será a resposta às complexidades   Lima PDF Clemente Ganz Lúcio [1] Um campo de transformações de extensa complexidade vem irrompendo em todo o mundo, independente do contexto político de cada país. Avanços tecnológicos e financeirização global são os alicerces das mudanças. Empregos, ocupações, profissões, a sociedade em geral sentem e sentirão ainda mais os impactos. Na base material de um sistema produtivo em transformação, emerge um mundo do trabalho desconhecido, que obriga sindicatos a se repensarem. O futuro do sindicato depende da qualidade da resposta que a atual estrutura sindical será capaz de dar. A reestruturação dos sindicatos precisa mirar a capacidade de organizar, mobilizar e representar os trabalhadores inseridos nesse outro mundo do trabalho. Essa transformação estrutural ocorre no contexto político e histórico-situacional da cada país, no qual Executivo, Legislativo, Judiciário e demais instituições, nos contextos econômico, social

O sindicato do futuro hoje: o essencial e o urgente

O sindicato do futuro hoje: o essencial e o urgente Link PDF   Clemente Ganz Lúcio [1] “Ao sacrificar o essencial pelo que é urgente, acaba-se por esquecer a urgência do que é essencial”. Edgar Morin É urgente saber distinguir o que é essencial e, ao mesmo tempo, saber tratar adequadamente as urgências. A abordagem que deve ser buscada, para quem hoje atua e quer ser protagonista do futuro, é aquela em que o essencial orienta as estratégias do enfrentamento das urgências. É essencial inventar o sindicato do futuro e é urgente resistir, hoje e agora, aos ataques que visam destruir o movimento sindical e a capacidade coletiva de luta dos trabalhadores. Inventar e resistir são movimentações complementares, se estiverem conectados. A resistência deve incluir a destinação de tempo, dinheiro e trabalho para o investimento na invenção do sindicato do futuro, a ser feita de maneira que consiga animar a própria resistência. O trabalho de invenção é, em certa medida, a const

O futuro do sindicalismo e o sindicalismo do futuro

O futuro do sindicalismo e o sindicalismo do futuro Link PDF Clemente Ganz Lúcio [1]             Aumenta entre dirigentes, militantes e ativistas sindicais a preocupação sobre o futuro do sindicalismo. Há dúvidas que chegam a apontar para a inexistência desse futuro ou percepções de que o sindicalismo acabou ou está acabando. É um sentimento racionalizado que deriva, em parte, da interpretação dos resultados do ataque sistemático, crescente e agressivo que os sindicatos e os dirigentes vêm sofrendo.             As razões para tudo isso estão relacionadas às transformações do sistema produtivo e do mundo do trabalho, mas também ao individualismo e à meritocracia, que desconsidera a desigualdade de condições, e se colocam como valores gerais. Os sindicatos, como outras instituições, estão sob ataque pesado, ataques cujos propósitos nem sempre são compreendidos. O quadro geral é de dificuldade extrema para o sindicalismo e o contexto é de incerteza. Não à toa, a situação tem ge

Protagonismo em um sindicato em mudança

Protagonismo em um sindicato em mudança Link PDF Clemente Ganz Lúcio [1] Os Sindicatos mudarão e o sindicalismo será diferente porque o sistema produtivo se transforma drasticamente: a tecnologia avança para todos os setores da economia e altera o mundo do trabalho; há inúmeras iniciativas de governos para modificar as normas que regem o sistema de relações de trabalho e o direito laboral; alguns empregadores querem tirar os Sindicatos do jogo social de disputa pela repartição da produção econômica resultante do trabalho social. Tudo isso ocorre rapidamente, no Brasil e no mundo. Há articulações “de quem manda no mundo” para mobilizar recursos financeiros e decisões, para globalizar as mudanças. A ideia é flexibilizar o trabalho, com uma grande variedade de formas de contratação, a jornada de trabalho, os salários, restringir direitos trabalhistas e, ao mesmo tempo, ampliar a proteção às empresas contra passivos trabalhistas, garantindo que a inciativa de mudança por parte