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Qual o futuro do sindicalismo? Renovar o movimento. (2)

Qual o futuro do sindicalismo? Renovar o movimento. (2) Link PDF Clemente Ganz Lúcio [1] O sindicalismo é uma longa construção, de mais de dois séculos, das lutas dos trabalhadores, realizadas ao longo das transformações econômicas dos sistemas produtivos, em cada contexto histórico específico. O trabalhador saiu da condição de proletário para a de operário, durante a primeira e segunda revolução industrial; da condição de operário para o assalariamento, que se generalizou em todos os setores da economia nas últimas quatro décadas. As mudanças não param. Na verdade, ampliam-se e tornam-se cada vez mais complexas. Em cada momento, a classe trabalhadora foi se forjando nas condições oferecidas pelos sistemas produtivos e com as instituições que os Estados foram criando. Os trabalhadores, colocados na condição de subordinação em relação ao capital/empregador, passaram a se associar – reunir forças solidariamente – para enfrentar e mudar as condições laborais, reduzir a jornada,

O desafio da reforma tributária solidária

O desafio da reforma tributária solidária Link PDF Clemente Ganz Lúcio [1] Os impostos que todos pagamos financiam: as políticas sociais relativas à saúde, educação, assistência social, previdência, segurança, entre tantas outras; os investimentos públicos na infraestrutura econômica e produtiva, como estradas, ferrovias, portos, aeroportos, energia, rede de internet; os gastos das prefeituras, dos governos dos estados e da União, do Legislativo e do Judiciário; a estruturação de empresas; e a prestação de todos os serviços públicos. Os impostos são gerados a partir das atividades produtivas e do consumo, dos salários recebidos pelos trabalhadores, dos lucros auferidos pelas empresas, da renda dos empresários e dos demais rendimentos. Impostos são recolhidos com base na propriedade, na compra e venda de bens (casa, automóvel, etc), no uso de serviços e na transmissão de herança ou alienação de patrimônio. Para que ocorra o recolhimento dos impostos, se definem regras – q

IMPACTOS DA 4a REVOLUÇÃO INDUSTRIAL NO MUNDO DO TRABALHO E NA VIDA DOS TRABALHADORES

IMPACTOS DA 4a REVOLUÇÃO INDUSTRIAL NO MUNDO DO TRABALHO E NA VIDA DOS TRABALHADORES ADUFGRS Link

Conta própria ‘novato’ ganha menos, não tem CNPJ nem Previdência

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Conta própria ‘novato’ ganha menos, não tem CNPJ nem Previdência   SÃO PAULO  -   A precarização do mercado de trabalho durante a crise atingiu em cheio os trabalhadores por conta própria. Com forte ingresso de ocupados no período — em 2015 e 2016, cinco milhões de pessoas se tornaram autônomas —, a categoria teve queda de rendimentos, piora no perfil de vagas criadas e, também, redução no acesso ao sistema de aposentadorias, comparando-se aqueles que já eram conta própria antes da recessão com os que se tornaram depois dela. Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua de 2017, do IBGE, mostram que os trabalhadores que viraram conta própria há menos de dois anos têm remuneração, em média, 33% menor do que os que já estavam nesse tipo de ocupação. O levantamento foi feito pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e divulgado no boletim “Emprego em Pauta”, que terá publicação mensal a partir de julho.  Os qu

BRASIL DE FATO: Altos salários de executivos (reportagem)

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Conta própria, nos riscos e na desproteção

Conta própria, nos riscos e na desproteção Longe do empreendedorismo de sucesso, trabalhador é mais prejudicado que os demais  Trabalho autônomo cresce na crise, mas em pior condição ainda   Link do PDF Clemente Ganz Lúcio [1] Trabalhar sem proteção social durante a vida laboral e não se aposentar na velhice é a condição de vida predominante para mais de 23 milhões de brasileiros e brasileiras que trabalham como autônomos ou conta própria. Sem participação previdenciária contributiva, ficam excluídos do acesso à seguridade e previdência social. Isso significa que não terão assistência e renda caso adoeçam ou ocorra algum infortúnio que os impeça de trabalhar e, diante do afastamento definitivo, ficarão sem proteção previdenciária. Nos dois últimos anos, o desemprego, que já atinge mais de 13 milhões de trabalhadores e tem longa duração, levou muitas pessoas a buscarem o trabalho autônomo ou por conta própria para poder se sustentar.  No boletim “Emprego em pa

Qual o futuro do sindicalismo? A dor da dúvida. (1)

Qual o futuro do sindicalismo? A dor da dúvida. (1) Link PDF Clemente Ganz Lúcio [1] Os que apagam o passado correm o risco de abolir o futuro também. Walter Benjamin E tem futuro? Essa resposta, em forma de pergunta, aparece recorrentemente nos debates sobre os desafios que o movimento sindical enfrenta. A resposta-pergunta carrega um misto de angústia, ansiedade, perplexidade, incerteza e desânimo. Muitos estão deprimidos! A angustia dói no peito e traz um cansaço mental e físico que decorre da quantidade e da complexidade dos problemas. Há uma sensação de tragédia e de impotência diante da necessidade de fazer algo. Sensação de estômago vazio e coração acelerado, a ansiedade carrega o medo do que vem pela frente, porque não se sabe o que é que vem. Há dúvida sobre qual decisão tomar, de que maneira enfrentar e resolver cada um dos problemas. Incerteza diante da complexidade dos fenômenos e das dificuldades de encontrar saídas ou soluções. Desânimo, falta de vont

O DIEESE do futuro

O DIEESE do futuro Clemente Ganz Lúcio [1] As mudanças no mundo do trabalho ocorrem de maneira acelerada e abrangente, com a expansão das novas tecnologias e da inteligência artificial para todas as áreas da economia, de bens e serviços, no setor público e privado. O emprego e o trabalho do futuro serão muito diferentes, tudo indica, e as inovações são tantas e tão profundas que geram muitas especulações, incertezas e apreensão. Os futurologistas chutam números para todos os lados, que denotam otimismo cínico (mais empregos para todos) ou grande pessimismo (o emprego protegido será para um pequeno grupo de pessoas e as demais terão que se equilibrar em ocupações precárias, em situação de pobreza). Tantas incertezas colocam para o DIEESE a árdua tarefa de entender o que está acontecendo, para tentar vislumbrar o que pode acontecer. Para agravar a situação, o movimento sindical brasileiro sofreu um pesado ataque, causado pelas mudanças na legislação impostas pela Reforma Traba

Centrais lançam documento unitário com propostas para o desenvolvimento

Centrais lançam documento unitário com propostas para o desenvolvimento Projeto aposta em diálogo Emprego e direitos são temas centrais Clemente Ganz Lúcio [1] O desemprego atinge mais de 13 milhões de pessoas, o desalento cresce entre os trabalhadores e ¼ da mão de obra é subutilizada, mal aproveitada em ocupações parciais, informais e com remunerações baixas. A economia tem dificuldade para sair da recessão e anda de lado, sem dinamismo. As estimativas de crescimento do PIB para 2018 são continuadamente revisadas para baixo. O governo vende as empresas públicas e as reservas naturais; e as multinacionais compram tudo, inclusive as companhias privadas brasileiras. Nesse quadro, as eleições de outubro carregam, para muitos, a expectativa de construção de uma saída para reorientar a estratégia de desenvolvimento, fortalecendo as instituições e recuperando os fundamentos constitucionais. Por isso, mais uma vez, as Centrais Sindicais (CUT, Força Sindical, UGT, CTB

Agenda com propostas para gerar movimento e compromissos

Agenda com propostas para gerar movimento e compromissos  Clemente Ganz Lúcio [1] As adversidades econômicas, sociais e políticas se multiplicam no Brasil, gerando um contexto situacional de complexidades e incertezas. É um tempo de perplexidades diante de situações muito ruins, que não param de piorar. Em tempos como esse, os trabalhadores devem lembrar que a história é feita de luta e construção, de resistência e enfrentamento. Nessa longa trajetória de batalhas, as costas foram marcadas pela chibata, a liberdade, restrita pelas grades, a ousadia, silenciada pela morte, e, nos múltiplos caminhos, lutadores dedicaram a vida para adubar o solo fértil da história. Mais uma vez, as Centrais Sindicais (CUT, Força Sindical, UGT, CTB, NCST, CSB e Intersindical) ousam, de forma unitária, e se colocam em um movimento de resistência ao desmonte do país, vidando à construção de novas possibilidades de futuro. Por isso, indicam que o caminho é outro e o fazem porque o sentido da exist