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Qual é o futuro do sindicalismo? Organizar quem e quantos? (3)

Qual é o futuro do sindicalismo? Organizar quem e quantos? (3)   Link PDF Clemente Ganz Lúcio [1] O sindicalismo é resultado da construção política e voluntária de trabalhadores que decidem se associar; construir laços de solidariedade, a partir da condição de assalariado, servidor, conta própria e de subordinados no sistema produtivo; criar identidade que se constitua de classe; compreender o mundo em que vivem; imaginar movimentos de luta para mudar a situação. Esses são desafios, se respondidos, darão o sentido para a organização. Mas organizar quem e quantos? O país tem hoje uma população estimada pelo IBGE ( Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) de quase 208 milhões de habitantes, que deve crescer até atingir cerca de 230 milhões, nos anos 2040. Atualmente, cerca de 170 milhões de pessoas têm idade para trabalhar, ou seja, têm mais de 14 anos de idade. Desse contingente, cerca de 62% compõem a força de trabalho ativa, ou seja, quase 104 milhões, dos quais

A graça da juventude

A graça da juventude LinK PDF Clemente Ganz Lúcio [1] “Não tenho medo da vida, tenho medo de não viver.” Gilmar Ramos, Campos Alegre, BA Cordel da Juventude do Nordeste Escrevo com o encanto e a alegria que a esperança traz quando nos deparamos com novas possibilidades de futuro. Há profundas alterações nos paradigmas estruturantes do sistema produtivo. Eclodem, ainda que não plenamente visíveis, novas formas de produção de energia, de comunicação e de transporte, que promovem transformações disruptivas. O sistema produtivo, imerso em mudanças tecnológicas, está criando um outro mundo. A máquina substitui o trabalho humano. A desregulação do trabalho permite demitir e precarizar, causa insegurança, fragiliza e suprime a proteção social. As relações sociais e a cultura também se modificam. Um movimento capaz de colocar paradigmas alternativos aos dominantes está desafiado a um enorme esforço inovador. Será necessário pautar a sociedade para debates deliberativo

A (des)construção dos direitos trabalhistas no Brasil

A (des)construção dos direitos trabalhistas no Brasil Link PDF Clemente Ganz Lúcio [1] Patricia Lino Costa [2] Os direitos sociais e trabalhistas são construções históricas realizadas nos espaços de conflitos e de disputas distributivas que permeiam as relações econômicas e políticas de uma sociedade. Nas sociedades democráticas, materializa-se em acordos sociais que expressam compromissos com as futuras gerações. Trata-se de um pacto social, ou seja, um acordo que contém disposições relacionados ao interesse geral da sociedade e voltadas para o bem comum; que, muitas vezes, expressa compromissos de mudança diante de uma situação de injustiça e desigualdade; que reposiciona uma correlação de forças real em que os mais fracos se recolocam nas relações sociais em um novo patamar por meio de direitos. Constrói-se uma nova situação em processo de mudança contínua, pois o jogo social continuará abrindo, no permanente espaço do conflito, um novo campo de luta, de resistência,