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Soluções diferentes para problemas dramáticos

Soluções diferentes para problemas dramáticos Link PDF Clemente Ganz Lúcio [1] Os paradigmas das três revoluções industriais que organizaram a vida moderna estão ficando no passado. Há novos modelos surgindo no cotidiano do mundo da produção e do consumo, o que tem alterado o universo do trabalho, os empregos, os salários, os direitos, a proteção trabalhista e social. As empresas estão mudando de propriedade e de função econômica, priorizando o resultado financeiro. Os estados perdem importância relativa para as empresas multinacionais e grupos econômicos e estes, gradativamente, passam a controlar as escolhas e os destinos das nações. A produção amplia a capacidade de gerar riqueza, mas, de outro lado, os institutos distributivos (organizações e regras) são enfraquecidos, o que faz com que as desigualdades cresçam. Há múltiplas e profundas transformações em curso, muitas ainda invisíveis para a maioria da população, mas que já influenciam o que somos, como decidimos e o que

O futuro depende de que?

O futuro depende de que? Link PDF Clemente Ganz Lúcio [1] “Sopram ventos malignos no planeta azul.” Manuel Castells, in “Ruptura” O que se conhece como emprego, ocupação, direitos sociais e trabalhistas e Estado está mudando e se transformará radicalmente nos próximos anos. O que virá é completamente desconhecido. Organizada a partir do mundo do trabalho, a luta por direitos, pela liberdade, democracia, igualdade e justiça terá que ser reinventada. Crianças e jovens de hoje serão os construtores do novo mundo, por meio do trabalho. Somente eles, que participarão desta construção, poderão achar as respostas para problemas, desafios, conflitos e contradições que surgirão, e serão inéditos. Para esse mundo que romperá com as atuais referências, será necessário criar adequadas formas de organização, de mobilização e de luta. A luta social e sindical terá que ser profundamente modificada. E quais serão essas mudanças todas? A organização do sistema produtivo capitalista

Mudanças estruturais e o sindicato do futuro: desafios para a reestruturação sindical

Link PDF     O movimento sindical brasileiro vive uma conjuntura de complexas mudanças no sistema produtivo e nos marcos legais que estão colocando o imperativo de pensar e promover uma profunda reestruturação sindical. O desafio é mudar para que o sindicalismo brasileiro seja protagonista da organização dos trabalhadores no novo mundo do trabalho que irrompe; capaz de reunir todos os trabalhadores que estão inseridos no mundo do trabalho através de uma diversidade de formas de ocupação e de contratação; promover a unidade no campo político múltiplo da classe trabalhadora; ser agente de formulação de utopias que mobilizem os trabalhadores e de uma agenda com propostas que serão respostas afirmativas dos trabalhadores ao novo mundo que se apresenta. A reestruturação sindical deve ser um projeto planejado estrategicamente para que os trabalhadores, mais uma vez, se coloquem como agentes históricos de mudança que produzem justiça, igualdade, solidariedade e paz.           Profundas mudanç

As negociações coletivas em 2018

As negociações coletivas em 2018   Link PDF Clemente Ganz Lúcio [1]             Já se passaram 10 meses desde que a nova legislação trabalhista entrou em vigor, promovendo grandes alterações no sistema de relações de trabalho e nos direitos trabalhistas. O acompanhamento que o DIEESE faz das negociações coletivas, por meio do processamento das bases estatísticas do Sistema Mediador do Ministério do Trabalho, a pesquisa e a assessoria aos sindicatos, indica resultados importantes nos processos negociais.             Os reajustes salariais tiveram bons resultados até a data-base de junho quando, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (INPC-IBGE), o aumento necessário ficou em 1,76%. Já em julho, agosto e setembro, quando houve repique inflacionário, o reajuste necessário dobrou, subindo para 3,6%, o que trouxe dificuldades para 1/3 das negociações, que não conseguiram repor integralmente o poder de compra dos sal

Greves incomodam, mas fazem bem à sociedade

Greves incomodam, mas fazem bem à sociedade Link PDF Clemente Ganz Lúcio [1]             “Uma greve incomoda muita gente! 1.566 greves incomodam, incomodam, incomodam... muito mais!” Mas é um incômodo saudável, pois trata-se de uma ação decorrente da união e do movimento de trabalhadores que visam enfrentar problemas ou buscar o que consideram justo e direito. É a forma como os trabalhadores se defendem dos ataques dos empregadores, quando estes não cumprem direitos pactuados ou estabelecidos em lei ou tentam retirá-los ou reduzi-los. Há também o incômodo, ainda mais salutar, provocado pela greve que busca avançar no padrão de direitos instituídos, repartir melhor os ganhos produzidos pelo trabalho ou alcançar melhora nas regras das relações laborais.             A greve expõe um problema ou uma expectativa não atendida, coloca em disputa a viabilidade da demanda, revela os interesses envolvidos e indica alternativas e possibilidades distributivas para a riqueza produz

Promessa de crescimento não se concretiza e mercado de trabalho piora

Promessa de crescimento não se concretiza e mercado de trabalho piora   Link PDF Clemente Ganz Lúcio [1] O ano de 2018 já passou da metade e a promessa do crescimento econômico e da melhora do mercado de trabalho foi confirmada como um grande engodo. As expectativas alvissareiras do governo não mudaram a realidade e a conta chegou, muito cara e pesada para os trabalhadores, as empresas e toda a sociedade.  O crescimento econômico, que beiraria os 4%, mirrou e agora as estimativas oficiais mais otimistas indicam que o PIB deve crescer apenas 1,6% em 2018. No mercado de trabalho, os 1 milhão de empregos formais que seriam gerados neste ano tornaram-se algo em torno de 200 mil. Nessa dinâmica, serão necessários 15 “breves” anos para repor as vagas fechadas pelo projeto da ponte para o futuro .  A população brasileira em idade de trabalhar é de 170 milhões de pessoas (Pnad Contínua, IBGE, junho 2018), das quais cerca de 104 milhões formam a força de trabalho. Desse último

Dados sobre negociação coletiva mostram importância dos sindicatos

Dados sobre negociação coletiva mostram  importância dos sindicatos Link PDF Clemente Ganz Lúcio [1] O debate sobre o papel dos sindicatos no Brasil apresenta dados díspares sobre o número de entidades existentes no país e o trabalho por elas desenvolvido. Ultimamente, informações que não refletem a realidade são utilizadas para justificar medidas que atacam o financiamento sindical, baseadas no argumento de que a maior parte das instituições possui pouca ou nenhuma representatividade junto aos trabalhadores e, efetivamente, não negocia. Nessa visão simplista e, por vezes, mal-intencionada, os sindicatos que não negociam deveriam simplesmente ser fechados. O ataque ao custeio dessas instituições serviria para quebrá-las financeiramente. Os sindicatos laborais são instituições criadas pelos trabalhadores desde a 1 a Revolução Industrial no século XIX. Os trabalhadores se associam e reúnem força política para produzir e defender seus direitos. São instituições fundamentais