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Desalento: dos trabalhadores e dos empresários

Desalento: dos trabalhadores e dos empresários   Link PDF Clemente Ganz Lúcio [1] Passados 140 dias do novo governo, nenhuma palavra sobre a grave situação do desemprego e, muito menos, sobre iniciativas para enfrentar o problema. Considerando que membros da equipe governamental acreditam que a terra é plana, que não há mudança climática ou qualquer outro problema ambiental, que violência se enfrenta com armas e balas, talvez também o desemprego seja um contratempo cuja solução seja esperar junto ao pé de uma goiabeira.             A bem da verdade, na área econômica, havia uma bala de prata. Desde a eleição, a reforma da previdência vinha sendo colocada como a chave capaz de abrir a porta para a dinâmica econômica, ressuscitando a capacidade fiscal do Estado para conduzir o país rumo ao crescimento. Os dias passaram e a fé econômica está mudando, pois, a reforma ainda é alardeada como fundamental, mas já não é mais suficiente. Será necessário agora também desonerar o setor

Programa Entrevistas com Juca Kfouri (Previdência em Choque) 15 de maio

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Dia 15: um movimento nacional nota 10!

Dia 15: um movimento nacional nota 10! Link PDF Clemente Ganz Lúcio [1] Os professores decidiram: a greve nacional será em 15 de maio. Os estudantes deliberaram seguir juntos para denunciar os gravíssimos cortes na educação. Pais e avós apoiaram e foram às ruas para caminhar, cantar e dançar, com professores, filhos e netos, músicas de protesto. Os trabalhadores aderiram em solidariedade à luta dos professores e em apoio às bandeiras da luta dos estudantes, porque também são contra a destruição da educação. Os estudantes, maioria nas manifestações de 15 de maio, rejuvenesceram o movimento com energia, rostos entusiasmados a cada encontro com outros que se juntavam à luta, entoando cantos de protestos. Professores, pais e avós, trabalhadores e apoiadores se fortaleceram com essa energia, o que estimulou ainda mais a mobilização. O movimento veio às ruas em centenas de cidades para denunciar os graves cortes anunciados na educação por um governo que colocou na pasta um minis

Palestra sobre Reforma da Previdência na Frente Parlamentar

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Novo índice do DIEESE mede condição do trabalho

Novo índice do DIEESE mede condição do trabalho Link PDF Clemente Ganz Lúcio [1] O Brasil vive um período de aumento do desemprego e da informalidade, problemas que afetam, de maneira adversa, os trabalhadores e os mais pobres. Muito dessa conjuntura repleta de incertezas e dificuldades resulta das escolhas que o governo vem fazendo nos últimos anos: reforma trabalhista, lei da terceirização, PEC dos gastos e outras medidas que diminuem a responsabilidade do Estado sobre a sociedade e desestimulam a retomada da economia. Mas, apesar do papel exercido pelos governantes brasileiros no desenho desse cenário, nem tudo é resultante somente de “produção nacional”. Parte das mudanças que atingem os trabalhadores é consequência também de transformações mais gerais no mundo do trabalho, que têm ocorrido em todos os países e afetam a organização das empresas e as formas de produção. É possível afirmar que um universo em mutação, que nada oferece de admirável, começa a ser vislumbrado, com

Abordagem e caminho para uma outra reforma da previdência

Link PDF   Clemente Ganz Lúcio [1] Paulo Jager [2]   Mais uma vez a reforma da previdência está em pauta com a urgência de uma economia anêmica e que está na unidade de tratamento intensivo, apontando que a reforma que ajuste o custo total da previdência (setor privado, servidores públicos e militares) é condição para a retomada do crescimento econômico. Mais uma vez o desafio de pensar o futuro da proteção social em um mundo que promove profundas mudanças no sistema produtivo e no mundo do trabalho não é o eixo que estrutura o pacto social que sustentará o sistema protetivo futuro e seu financiamento. Neste artigo vamos abordar essas duas questões.   Reforma da previdência, crescimento e emprego A reforma da Previdência vem sendo apresentada como uma espécie de elixir capaz de curar todos os males da economia brasileira. Alega-se de tudo a esse respeito: desde assegurar o equilíbrio contábil atuarial da própria Previdência Social até ser o alicerce para a construção de um próspero fut

Escola DIEESE: resposta à urgência na formação de novas lideranças agora também no EAD

Link PDF   A educação, mas principalmente a educação pública no Brasil passa por um momento difícil. De todos os lados, a universidade pública, os institutos e escolas sofrem ataques, dos mais variados tipos.  Espaço da produção, do saber e da formação do pensamento científico e crítico, as universidades obtiveram avanço significativo nos últimos anos, com ampliação da rede federal e a oferta de cursos nas mais diversas regiões do país. Na verdade, em todos os níveis de educação, o país ampliou significativamente a oferta de matrículas e parcela importante de brasileiros de baixa renda puderam ter acesso ao ensino. A educação crítica, inclusiva e transformadora é a que deveria ser almejada, com o objetivo de construir uma sociedade mais justa e igualitária. Esse tipo de educação se constrói nos espaços tradicionais da produção do saber, nas instituições educacionais tradicionais, como as universidades, mas também se constrói na vida e na luta, na vivência dos trabalhadores, dos movimen

DIEESE lança índice para medir condição do trabalho

DIEESE lança índice para medir condição do trabalho Link PDF Clemente Ganz Lúcio [1] O mundo do trabalho está em revolução. Muitas transformações em curso. São as novas tecnologias, formas de contratação, novos ajustes nas jornadas de trabalho, revisões na proteção laboral, terceirização, salários variáveis e, muitas vezes, arrochados, entre outros. Flexibilidade para as empresas fazerem tudo o que quiserem, enquanto os trabalhadores vão sendo confinados em um mundo inseguro e precário. O enfrentamento desse novo cenário demanda capacidade de luta para que esses processos sejam revertidos e acabem trazendo qualidade de vida, bem-estar coletivo e boas condições de trabalho. Olhando para o futuro, parece missão quase impossível. Olhando para a história, missão civilizatória que os trabalhadores enfrentaram com criatividade e força, a ponto de mudar o rumo da situação. É por isso que, diante de todas as dificuldades atuais, é preciso continuar a empreender a luta! É preciso t

Um ano depois: reforma trabalhista promove o emprego inseguro

Um ano depois: reforma trabalhista promove o emprego inseguro Link PDF   Clemente Ganz Lúcio [1] Já faz mais de um ano que, no Brasil, o emprego inseguro e instável passou a ser incentivado por meio da nova legislação trabalhista (Lei 13.467/17).  Desde então, as modalidades de contrato de trabalho introduzidas pela Reforma Trabalhista começaram a ser aplicadas.  Segundo o Caged - Cadastro Geral de Empregados e Desempregados -, do Ministério da Economia, entre novembro de 2017 e janeiro de 2019, o contrato de trabalho intermitente correspondeu a cerca de 0,4% dos novos vínculos estabelecidos e a 0,1% dos desligamentos ocorridos. Contudo, é interessante observar que os vínculos de contrato intermitente representaram 27% do saldo final entre admitidos no período, descontados os demitidos. Note-se ainda que, na construção civil, a participação dos vínculos de trabalho intermitente é mais intensa, equivalendo a 1,3% dos novos vínculos, mais do que o dobro da participação observa

A reforma trabalhista 2.0

A reforma trabalhista 2.0 Link PDF Clemente Ganz Lúcio [1] O Ministro da Economia e o Secretário do Trabalho vêm anunciando iniciativas para promover uma nova etapa da reforma trabalhista e sindical, agora patrocinada pelo governo Bolsonaro. A Lei 13.467 promoveu extensa mudança na legislação trabalhista brasileira. As reformas trabalhistas feitas no mundo depois de 2008 visam a criar um ambiente favorável à flexibilização das relações laborais e dos sistemas de relações do trabalho, buscam a redução do custo do trabalho, a redução de riscos e acúmulo de passivos trabalhistas, novas formas de contrato de trabalho, de jornada e salários maleáveis, baixa interferência da Justiça do Trabalho e manutenção, quando necessários, de sindicatos frágeis ou inúteis. Passos importantes nesse sentido foram dados no mundo com as mais de 640 reformas realizadas em 110 países entre 2008 e 2014. No Brasil e reforma foi realizada em 2017 e foi a mais rápida e extensa, um modelo para o mun