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Aperto e austericídio: a ampla agenda das reformas neoliberais no Brasil

Link PDF     Clemente Ganz Lúcio [1]   Concluída a atual etapa da reforma da previdência social, o Governo Federal, através do Ministério da Economia, vem anunciando o escopo geral das reformas que pretende encaminhar e iniciou a apresentação e encaminhamento ao Congresso das medidas propositivas. Desafios complexos e amplos se colocam no caminho do movimento sindical e de toda sociedade brasileira. Na sequência da reforma da  previdência social  já esta sendo votado no Senado Federal uma nova PEC que trata das r egras para que governos estaduais e municipais promovam a reforma da previdência para  servidores públicos . Também já tramita no Senado o Projeto de Lei para regular a concessão de  aposentadorias especiais e para trabalhadores expostos à riscos.  Há estudos para limitar ou impedir que a Justiça  autorize aposentadorias e dar tratamento aos passivos previdenciários e tributários. Tramita na Câmara dos Deputados a MP do  FGTS  que altera as regras de saque e faz outras mudança

“Em guerra”: desafios para o novo sindicato

“Em guerra”: desafios para o novo sindicato   Link PDF Clemente Ganz Lúcio [1] Os acionistas decidiram fechar uma unidade francesa da fábrica alemã Perrin Industrie. Há dois anos um acordo foi fechado entre a empresa e os sindicatos dos trabalhadores, o que implicou no aumento de jornada de trabalho e da produção sem aumento dos salários, mas com o compromisso de se preservar os empregos. Os trabalhadores cumpriram o acordo. Os acionistas queriam mais lucro e descobriram que ganharão (eles, os acionistas) muito mais se fecharem a fábrica. Assim começa “Em guerra”, filme dirigido por Stéphane Brizé. São quase duas horas luta sindical, debates e negociação. A cada instante “a nova empresa” se faz presente, com os interesses dos novos proprietários (os acionistas), ocultos e invisíveis, presentes através dos diretores e CEO mundial, e, também pelos “cabeças de planilha”, assessores e diretores, com seus ternos e taiers, olhos vidrados e o discurso da inevitabilidade dos dados

Para manter a política de valorização do salário mínimo

Para manter a política de valorização do salário mínimo Link PDF Clemente Ganz Lúcio [1] O salário mínimo (SM) foi instituído no Brasil na Constituição de 1934; a de 1946 determinou que o SM deveria atender também à família do trabalhador; e a de 1988 renovou esse direito a todos os trabalhadores urbanos e rurais, definindo no artigo 7º, parágrafo IV: um “salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim”. O DIEESE estima que o valor do salário mínimo necessário deveria ser de cerca de R$ 4 mil para atender a uma família de dois adultos e duas crianças. As Centrais Sindicais realizaram as Marchas da Classe Trabalhadora, a partir de 2004, quando apresentaram a Agenda da Classe Trabalhador

PED 451 – Há mais de três décadas, leitura inovadora sobre a dinâmica do mercado de trabalho

Link PDF     Clemente Ganz Lúcio [1]             A taxa de desemprego na Região Metropolitana de São Paulo atingiu 16,6% em junho, de acordo com dados da PED (Pesquisa de Emprego e Desemprego, realizada pelo DIEESE e a Fundação Seade). E a desocupação não cresceu porque 48 mil pessoas deixaram de procurar emprego, o que compensou os mais de 17 mil postos de trabalho fechados. O número de desempregados estimado na região é de 1,9 milhão.             O desemprego aumentou na cidade de São Paulo (de 15,9% para 16,4%) e diminuiu na zona leste do município (de 20,6% para 18,4%) e na região do grande ABC (de 14,6% para 13,6%). Foram fechados postos de trabalho nos serviços (-48 mil) e na indústria de transformação (-31 mil), enquanto o comércio criou 63 mil novos empregos e a construção civil manteve estável o nível de ocupação.             O assalariamento com carteira assinada caiu -1,1%. Por outro lado, cresceram o emprego doméstico (7,3%) e o trabalho autônomo (0,3%). A PED evidencia uma

A prioridade continua sendo é o emprego

Link PDF     Clemente Ganz Lúcio [1]   As Centrais Sindicais (CUT, Força Sindical, UGT, CTB, NCST e CSB) apresentaram a Agenda Prioritária da Classe Trabalhadora 2019 na qual destacam 23 Diretrizes propositivas para enfrentar os graves problemas que atingem os trabalhadores no Brasil: 1. Criar políticas, programas e ações imediatas para enfrentar o desemprego e o subemprego crescentes: a. Criar Programas voltados para a geração emergencial de emprego, com atenção especial para os jovens; b. Retomar as obras de infraestrutura econômica e social que estão paradas; c. Políticas de amparo aos desempregados: aumento das parcelas do seguro-desemprego, vale-transporte para o desempregado, vale-gás, subsídio de energia elétrica, entre outros.  2. Democratizar o sistema de relações de trabalho, fundado na autonomia sindical, visando incentivar as negociações coletivas, promover solução ágil dos conflitos, garantir os direitos trabalhistas, o direito à greve e coibir as práticas antissindicais

Sindicato raiz se desafia a representar a todos

Sindicato raiz se desafia a representar a todos Link PDF Clemente Ganz Lúcio [1] O sindicato é uma criação histórica dos trabalhadores para lutar por melhores salários e condições de trabalho e pela erradicação das desigualdades econômicas e sociais. Sindicato raiz é a organização dos trabalhadores que atua no jogo institucional contemporâneo e se lastreia nas lutas e nos compromissos históricos dos trabalhadores e trabalhadoras. As mudanças no mundo do trabalho vêm adicionando consideráveis desafios à tradicional e extensa pauta de defesa de direitos trabalhistas e o sindicato raiz é a organização que procura compreender as transformações em curso e prospectar, nesse novo contexto, as próximas lutas para promover proteção social e laboral. A contratação assalariada tem sido flexibilizada, com o uso intensivo do trabalho autônomo, a ampla terceirização e a expansão da “pejotização”. A jornada de trabalho tem apresentado limites inaceitáveis. Varia da contratação de uma ho