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DIEESE: resistir com o movimento.

DIEESE: resistir com o movimento. e relações de trabalho significaperem esses objetivos. m dar soluçr isso mesmo, deve ser a mudança, ressultado s Clemente Ganz Lúcio [1] O DIEESE é uma criação do sindicalismo brasileiro da década de 1950, período em que o Brasil criava grandes instituições para promover o desenvolvimento da nação (Petrobras, BNDES, entre outros). Planejamento estratégico, visão de futuro e de desenvolvimento mobilizavam a história do país, o que hoje é somente passado. O DIEESE se formou como uma livre associação de entidades sindicais que, de maneira solidária, investiram e investem nesta organização para que ela produza pesquisas, elabore estudos, preste assessoria e desenvolva formação. Uma decisão política ousada criou uma instituição intersindical e unitária que reúne, de maneira cooperada e racional, os recursos financeiros para produzir competência técnica a serviço dos trabalhadores. A reunião dessas entidades possibilitou a geração e a expansão de

Superação da crise exige transparência e participação social

Superação da crise exige transparência e participação social Link PDF   Clemente Ganz Lúcio [1] A economia brasileira encolhe desde 2014. Até o momento, o PIB per capita teve uma contração de -9%, ou seja, o valor da riqueza corrente por habitante vem diminuindo. As projeções para 2017 indicam que a economia permanecerá estagnada, o que significa que o PIB per capita amargará nova queda, uma vez que a população continuará crescendo.  Nessa dinâmica recessiva, o país seguirá fechando estabelecimentos; fomentando a desnacionalização da economia, com a venda de empresas públicas e privadas, de reservas naturais e de outros ativos; promovendo o desmonte do Estado, das políticas públicas e subtraindo direitos sociais; fragilizando os espaços de diálogo social e de democracia participativa; subordinando cada vez mais o desenvolvimento produtivo ao interesse da riqueza financeira; destruindo instituições públicas que promovem e sustentam o desenvolvimento econômico e social. Dese

Desemprego e emprego precário: o futuro que está sendo desenhado

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Desemprego e emprego precário: o futuro que está sendo desenhado Clemente Ganz Lúcio (diretor técnico do DIEESE) Patrícia Pelatieri (coordenadora de Pesquisas e Tecnologia da Informação)             Em 2017, a crise econômica brasileira ingressou no terceiro ano, acumulando perda de 9,1% do PIB per capita e mais de 14 milhões de desempregados, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O país “patina” na recessão, sem conseguir consolidar alguma base que permita reação. As medidas adotadas pelo governo Temer e seus apoiadores, de aprofundamento das políticas de ajuste, desmonte da estrutura produtiva e venda de patrimônio, sustentadas pelo discurso de “Estado Mínimo”, e a aplicação de uma agenda liberalizante, como a das reformas, rejeitada em quase todo o mundo, têm levado a economia brasileira a retroceder a indicadores dos anos 1990, como ocorre com o mercado de trabalho.             Na Pesquisa de Emprego e Desemprego (DIEESE/Seade/parceiro

Reforma trabalhista: o jogo continua

Reforma trabalhista: o jogo continua   Link PDF Clemente Ganz Lúcio [1] As mudanças promovidas pela Lei 13.467/2017 no sistema de relações de trabalho fazem com que o negociado prevaleça sobre o legislado, mas com o objetivo de reduzir direitos trabalhistas. Com as novas normas, várias formas de contratos de trabalho, de jornada e de condições de trabalho são criadas, permitindo alta flexibilidade e ajuste do custo salarial. A proteção coletiva promovida pelos sindicatos é fragilizada. O trabalhador ficará ainda mais exposto ao poder de mando e de coerção do empregador. Os sindicatos são atacados na representação, no poder de negociação e no financiamento. A Justiça do Trabalho é atada, pois criam-se restrições para que o trabalhador possa acessá-la e maneiras de inibi-lo a procurar essa ajuda. Para as empresas, existem os recursos logísticos, os recursos maquinários, os recursos humanos (como já mostra a terminologia do departamento de RH), entre inúmeros outros. Agora a le

Quem ganha com a desigualdade? (setembro.2017)

Quem ganha com a desigualdade?   Link PDF Clemente Ganz Lúcio [1] A desigualdade social é produto econômico do mercado capitalista. A propriedade privada da renda e riqueza, intencionalmente distribuída de maneira iníqua pelos critérios da meritocracia, é que a garante. A desigualdade aumenta a pobreza e consolida a miséria em um mundo de riqueza crescente para os poucos ricos. Nas décadas de 1980 e 1990, a desigualdade era apresentada como um problema dos países pobres, subdesenvolvidos ou em desenvolvimento. A Europa, por exemplo, consolidava, desde o pós-guerra, o Estado de bem-estar social, no qual combinava uma economia de mercado capitalista, diálogo social para regulamentar as relações de trabalho, sistema tributário progressivo para financiar as políticas publicas universais de proteção social, saúde e educação e para regular as relações sociais de produção e de distribuição. A crise de 2008 acelerou o processo, já em curso desde os anos 1980, de financeirização de