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O desafio do desemprego

Link PDF   Clemente Ganz Lúcio [1]               O desemprego já era um grave problema da economia brasileira e de um mundo do trabalho que passava por transformações profundas. O isolamento e os protocolos de distanciamento social, necessários para enfrentar a crise sanitária do COVID19, impacta o emprego, a organização das atividades produtivas e as empresas. A recessão tira dinamismo da economia, reduz ainda mais capacidade de resposta do setor privado e público, assim como gera imprevisibilidade.             A população em idade de trabalhar soma 170 milhões de pessoas no Brasil segundo o IBGE, dos quais estavam trabalhando até fevereiro 93 milhões, desempregados 13 milhões e 64 milhões estavam fora do mercado de trabalho.  A crise sanitária reduziu para 81 milhões o contingente de ocupados até meados de julho, ou seja, em poucas semanas cerca de 12 milhões de pessoas perderam seus empregos e foram para a inatividade sem exercer a procura de emprego, motivo pelo qual a taxa de dese

Qual o desafio do emprego?

Link PDF   Clemente Ganz Lúcio [1]               O desemprego já era um grave problema da economia brasileira e de um mundo do trabalho que passava por transformações profundas. O isolamento e os protocolos de distanciamento social, necessários para enfrentar a crise sanitária do COVID19, impacta o emprego, a organização das atividades produtivas e as empresas. A recessão tira dinamismo da economia, reduz ainda mais capacidade de resposta do setor privado e público, assim como gera imprevisibilidade.             A população em idade de trabalhar soma 170 milhões de pessoas no Brasil segundo o IBGE, dos quais estavam trabalhando até fevereiro 93 milhões, desempregados 13 milhões e 64 milhões estavam fora do mercado de trabalho.  A crise sanitária reduziu para 81 milhões o contingente de ocupados até meados de julho, ou seja, em poucas semanas cerca de 12 milhões de pessoas perderam seus empregos e foram para a inatividade sem exercer a procura de emprego, motivo pelo qual a taxa de dese

A pandemia coloca na UTI o emprego e da proteção do trabalho

Link PDF   Clemente Ganz Lúcio [1]   Até o início deste ano a rastejante economia brasileira derrapava em um crescimento vegetativo de 1%. Agora, com o grave problema sanitário e a insana gestão federal desse problema, além das milhares de mortes evitáveis, o país e o mundo enfrentam a paralização da atividade produtiva que promove rapidamente uma recessão profunda. Duvidosa é a dinâmica econômica futura, as incertezas e a falta de previsibilidade são enormes, mas todos sabemos que serão tempos extremamente difíceis. Desemprego elevado e de longa duração, a precarização ampliada, a informalidade crescente, o torturante desalento, a insegurança laboral e o arrocho salarial estavam incorporados ao cotidiano dos/as trabalhadores/as antes da pandemia. Nos últimos seis meses a dramaticidade desse quadro geral do mundo do trabalho se tornou mais severa e o futuro ainda mais incerto. A população em idade de trabalhar no Brasil, pessoas com 14 anos ou mais, é de cerca de 170 milhões, sendo que

37 milhões estão sem empregos no Brasil

37 milhões estão sem empregos no Brasil

Óculos especial para ver os efeitos da crise sanitária sobre o mundo do trabalho

Óculos especial para ver os efeitos da crise sanitária sobre o  mundo do trabalho   Link PDF
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A necessidade da valorização do salário mínimo

A necessidade da valorização do salário mínimo   Link PDF Clemente Ganz Lúcio [1] A Constituição de 1988 define no artigo 7º, parágrafo IV, que o trabalhador tem direito a um salário mínimo (SM), fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender às necessidades vitais básicas dele e de sua família, com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que preservem o poder aquisitivo do piso, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim. O país está longe de cumprir esse preceito constitucional, fato que o DIEESE denuncia desde os anos 1950, estimando o valor do salário mínimo necessário para atender a uma família de dois adultos e duas crianças. Atualmente, o valor é de cerca de R$ 4,3 mil mensal, ou seja, mais de quatro vezes o valor atual.             A história do salário mínimo no Brasil é coerente com um país rico e de endinheirados e, ao mesmo tempo, de um povo majoritariamente pobre e de uma estru

Previsibilidade e a segunda onda da crise sanitária

Previsibilidade e a segunda onda da crise sanitária 

37 milhões estão sem empregos no Brasil

Link PDF   Clemente Ganz Lúcio [1]               Novas pesquisas passam a mensurar os impactos da crise sanitária sobre o mundo do trabalho. A PNAD COVID19, produzida pelo IBGE a partir de maio, traz indicadores sobre saúde e sobre o mercado de trabalho [2] . Neste artigo vamos destacar alguns números relativos ao mundo do trabalho.             Em maio o IBGE estimou em 170 milhões a população em idade de trabalhar, das quais 95,3 milhões ou estavam ocupadas (84,4 milhões) ou desempregadas (10,9 milhões). O contingente desocupado aumentou em mais de 1 milhão entre a primeira e a quarta semana de maio, assim como cresceu 1,5 milhões o número de pessoas que passaram a integrar a força de trabalho. A maioria que chega no mercado de trabalho não acha emprego. A taxa de participação está em 56% e indica uma baixa pressão na procura, se considerado que a taxa normalmente tende a estar a acima de 60%. Menos da metade da população (49,7%) em idade de trabalhar estava ocupada. Um mercado de tra

Caminho, caminhante e caminhar: # Brasil pela democracia e pela vida

Link PDF   Clemente Ganz Lúcio [1]             Conversas identificaram preocupações e interesses comuns. Preparado, um encontro revelou a disposição de organizações, movimentos e entidades estabelecerem um diálogo social orientado para a cooperação para defender e promover a democracia e a vida no Brasil.             Intencionalmente atacadas e aviltadas, a democracia e a vida sofrem com as políticas e inciativas do Governo Federal. O Estado Democrático de Direito, a Constituição e as instituições são depreciadas, a política desqualificada, o diálogo substituído pelo conforto. A pandemia mata milhares que poderiam ter suas vidas preservadas se houvessem coordenação e inciativas por parte do Governo Federal, que na sua inépcia é responsável por uma das mais graves crises humanitárias no país.             Cerca de 70 entidades e movimentos da sociedade civil organizada decidiram criar uma mesa de diálogo para compartilhar diagnósticos, preocupações e visões sobre situações em destaque e