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Mostrando postagens com o rótulo Desemprego

Promessa de crescimento não se concretiza e mercado de trabalho piora

Promessa de crescimento não se concretiza e mercado de trabalho piora   Link PDF Clemente Ganz Lúcio [1] O ano de 2018 já passou da metade e a promessa do crescimento econômico e da melhora do mercado de trabalho foi confirmada como um grande engodo. As expectativas alvissareiras do governo não mudaram a realidade e a conta chegou, muito cara e pesada para os trabalhadores, as empresas e toda a sociedade.  O crescimento econômico, que beiraria os 4%, mirrou e agora as estimativas oficiais mais otimistas indicam que o PIB deve crescer apenas 1,6% em 2018. No mercado de trabalho, os 1 milhão de empregos formais que seriam gerados neste ano tornaram-se algo em torno de 200 mil. Nessa dinâmica, serão necessários 15 “breves” anos para repor as vagas fechadas pelo projeto da ponte para o futuro .  A população brasileira em idade de trabalhar é de 170 milhões de pessoas (Pnad Contínua, IBGE, junho 2018), das quais cerca de 104 milhões formam a força de trabalho. Desse último

Situação e perspectiva do emprego 2018 no Brasil e no mundo

Situação e perspectiva do emprego 2018 no Brasil e no mundo   Link PDF Clemente Ganz Lúcio [1]             Brasil             O Brasil tem, segundo o IBGE, uma população de 170 milhões de pessoas em idade ativa, das quais 104,5 milhões compõem a força de trabalho, sendo 91,7 milhões na situação de ocupados e 12,8 milhões desempregados (PNAD, IBGE, trimestre maio-julho 2018). O nível de ocupação está em 53,9% das pessoas em idade ativa, cerca de 3 pp. abaixo de nível de ocupação no período 2012 a 2014 (57%).             O Brasil segue com elevada taxa de desemprego que se reduz lentamente, coerente com uma economia que anda de lado. No trimestre fevereiro a abril a taxa de desemprego atingiu 12,9%, caindo no trimestre maio a julho para 12,3%, segundo a PNAD-IBGE. Em um ano observa-se uma leve redução de 0,5 p.p. (12,8% para 12,3%).  Lembremos que a taxa de desocupação que estava em 6,4% em dezembro de 2014 - menor patamar – dobrou em dois anos e atingiu 13,6% no primeir

Perspectiva do emprego 2018/2019

Perspectiva do emprego 2018/2019   Link do PDF Clemente Ganz Lúcio [1]             Com as diversas inovações tecnológicas, o sistema produtivo, a geração de energia, a comunicação e o transporte têm se modificado intensamente, facilitando a articulação das cadeias produtivas globais e a estruturação de uma nova divisão internacional do trabalho. O sistema financeiro compra empresas e patrimônios naturais, amplia formas de gerar lucro e de acumular e concentrar renda e riqueza. Esse processo exige a prospecção sobre o que será o futuro do trabalho e do emprego.             Um bom ponto de partida é entender a situação da dinâmica econômica e regulatória do mercado de trabalho, o que está acontecendo e quais as perspectivas para o emprego. A OIT (Organização Internacional do Trabalho) disponibilizou duas importantes publicações:  Perspectivas Sociales y del Empleo en el Mundo – tendencias 2018 (OIT, Genebra, 2018) e  Panorama Laboral 2017 América Latina y Caribe (OIT, Lima,

26 milhões de subempregados no Brasil

26 milhões de subempregados no Brasil Clemente Ganz Lúcio O ano de 2017 terminou com a notícia de que havia cerca de 26 milhões de subempregados no Brasil. Os dados foram divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC). Mas o que esse número significa realmente? Para o IBGE, três situações definem os trabalhadores subocupados. Na primeira, estão todos aqueles com 14 anos ou mais, que têm jornada abaixo de 40 horas semanais, em um único trabalho ou em várias ocupações na semana de referência, gostariam de trabalhar mais horas do que efetivamente trabalham e estavam disponíveis para trabalhar mais tempo no período de 30 dias, contados a partir do primeiro dia da semana de referência. Ou seja, é aquele trabalhador que está subaproveitado no mercado de trabalho, pois tem tempo e desejo de trabalhar mais. Esse contingente, no último trimestre, somou 6,5 milhões de pessoas, mesmo ainda sem

Cenário: emprego 2018 (Panorama: TV Cultura)

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Precarização e renda: mercado de trabalho em 2018

Precarização e renda: mercado de trabalho em 2018 Clemente Ganz Lúcio Patrícia Lino Costa A Reforma Trabalhista começou para valer: venceu o mantra neoliberal de que a CLT atrapalha a criação de emprego e encarece o custo Brasil. Desde novembro, o governo optou por seguir os passos de países como Espanha, México e outros, que realizaram alterações nas legislações trabalhistas. Na maioria dos casos, os efeitos positivos esperados não se concretizaram. Aqui no Brasil, os resultados, ainda de curto prazo, já começam a aparecer e eles também não são bons, apesar do que alguns querem crer. Os dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, do Ministério do Trabalho), de fevereiro, mostraram o saldo positivo de 62 mil vagas, resultado comemorado por aqueles que acreditam que o país está nos trilhos do crescimento. A reforma trabalhista garante, desde novembro, que o trabalhador esteja presente no local de trabalho somente quando a empregador precisa, ou seja, l

O desemprego em 2018: saindo do fundo do poço

O desemprego em 2018: saindo do fundo do poço Clemente Ganz Lúcio [1] Os resultados divulgados pelo Ministério do Trabalho sobre admissões e demissões realizadas no Brasil no ano de 2017 revelam o fechamento de 21 mil postos de trabalho com carteira assinada (Caged – Cadastro Geral de Empregados e Desempregados). Considerando-se que, em 2015 e 2016, foram fechados quase 2,9 milhões de empregos (1,33 e 1,53 milhão respectivamente), os dados do último ano indicam estabilidade no patamar alcançado pelo emprego formal, o que mostra que o mercado de trabalho chegou ao fundo do poço. Sair é uma outra história! No ano de 2017, o comércio teve saldo positivo de 40 mil postos de trabalho e a agropecuária e os serviços, de 37 mil cada um. Por outro lado, a construção civil eliminou 104 mil empregos e a indústria da transformação, outros 20 mil. Contudo, quando se considera o ajuste sazonal para a observação da variação do emprego formal registrado em dezembro de 2017 em relação ao m

Desemprego e emprego precário: o futuro que está sendo desenhado

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Desemprego e emprego precário: o futuro que está sendo desenhado Clemente Ganz Lúcio (diretor técnico do DIEESE) Patrícia Pelatieri (coordenadora de Pesquisas e Tecnologia da Informação)             Em 2017, a crise econômica brasileira ingressou no terceiro ano, acumulando perda de 9,1% do PIB per capita e mais de 14 milhões de desempregados, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O país “patina” na recessão, sem conseguir consolidar alguma base que permita reação. As medidas adotadas pelo governo Temer e seus apoiadores, de aprofundamento das políticas de ajuste, desmonte da estrutura produtiva e venda de patrimônio, sustentadas pelo discurso de “Estado Mínimo”, e a aplicação de uma agenda liberalizante, como a das reformas, rejeitada em quase todo o mundo, têm levado a economia brasileira a retroceder a indicadores dos anos 1990, como ocorre com o mercado de trabalho.             Na Pesquisa de Emprego e Desemprego (DIEESE/Seade/parceiro